NOS BASTIDORES, A RELAÇÃO NÃO É MAIS A MESMA

As boas línguas  dão conta de que a relação entre os dois, há tempos, não é uma das melhores, sendo que o desconforto teria se intensificado ainda mais  durante o recente processo eleitoral de outubro do ano passado,  2016, quando o então prefeito Romeu teria manifestado interesse em apoiar a candidatura de Euvaldete Ferro, esposa do ex-prefeito Chico Vaulino, principal opositor do grupo politico comandado por  Sérgio Aguiar. Por pouco, muito pouco, Romeu Audigueri não subiu no palanque de Chico Vaulino para detonar o projeto de Sérgio Aguiar. De lá pra cá, apesar das aparências, o clima entre os dois não  melhorou e a tendência é piorar ainda mais – se bem que na politica, estas tendências costumam fugir da lógica - , e desta vez , o estopim da divergência seria a disputa pela presidência do Consórcio Público Regional de Saúde ( Policlínica) em que Romeu, através de sua afilhada, a prefeita Amanda, concorre contra a prefeita Monica de Sérgio Aguiar.  Os dois - Romeu e Sérgio -, na disputa,  tem se articulado politicamente para captar os votos dos prefeitos da Região e o apoio do Governo Estadual. Quem conseguir satisfatoriamente tal apreciação, logicamente ganhará o comando da entidade pública. E como já se convencionou a forma de disputa, cuja as regras não são tão cordiais, por baixo dos panos, o clima não poderia ser de carinho com recheios de considerações. Afinal de contas, o que está em jogo não e tão somente a policlínica, mas sim a liderança politica da região, que poderá se traduzir em votos nas eleições próximas de 2018, em que Romeu possivelmente se candidatará a deputado estadual, o que poderá deixar mais ainda o clima de disputa constante e tenso para os dois. 

Romeu seria melhor que Sérgio

Na gestão de Romeu, Granja se transformou referência de administração pública no Ceará e particularmente na região. Muitos o aplaudem, fortalecendo-o principalmente quando fazem a comparação com as demais gestões da Região.

Bom, apenas para lembrar: Granja, atualmente, tem o melhor carnaval, o melhor festival Junino, consegue chamar atenção com a melhor decoração natalina e com o melhor espetáculo da encenação da Paixão de Cristo. Além disso, a cidade passou por uma considerável transformação na sua infraestrutura dentre outros aspectos de melhorias nas demais áreas. E isso tem rendido capital politico ao Romeu. Sem falar que Ele, através de sua afilhada Amanda,  obteve esmagadora vitória nas urnas o que comprova excelente grau de aceitação popular. 

(Ouvia-se muito dizer: vou transferir meu voto para Granja, para votar no Romeu, pelo menos lá, a gente vê resultados)

Sérgio, apesar da popularidade – e popularidade não é necessariamente sinônimo de articulação e nem de competência – neste momento, não tem capital politico  suficiente que o apresente como “a grande liderança”, isto sem falar que ele, há seculos, deixou de ser “novidade”. Ou seja, sua imagem sofre o natural desgaste proveniente da força dos tempos, que cada vez mais desarticula a ideia de lideranças oligárquicas. Soma-se a isso a péssima administração de sua esposa e a imperativa ideia de que sua força vinha da influência de seu pai, o Chico Aguiar, que comandava o TCM. 

Ressalta-se que, diferente de Romeu, Sérgio e Monica ganharam a prefeitura de Camocim “nas últimas”, numa disputa  com placar acirradíssimo. 

Teoricamente Romeu não precisa de Sérgio, mas Sérgio, agora, mais do que nunca, precisa de Romeu. E os bastidores informam fortemente que a aliança existe apenas nas aparências e que Romeu apenas aguarda o bom e oportuno momento para dar um oficial "pé na bunda de Sérgio."

Voltaremos a falar deste assunto depois...

Carlos Jardel