
Ora, a gestora da cidade, de fala mansa e afirmativa, não poderia ter aplicado verdades na sua avaliação sobre esta importante feição da vida estrutural da municipalidade, simplesmente pelo fato de ser um discurso dissonante da realidade. Ela quis dar a entender que suas ações foram promotoras da dignidade das pessoas e que nesta primeira empreitada o reajuste na questão teve saldo positivo.
Não sei como se sentiu uma senhora, dentre tantas e tantas, que esteve prestes a morrer na maldita peregrinação em busca de uma urgente marcação de consulta no CARA, que funcionou deliberadamente aos trancos e barrancos. E nem ouso imaginar o quanto devem ter ficado indignadas as centenas de pessoas que nós últimos quatro anos passaram a sofrer com o "não tem remédio no posto e nem na farmácia pública", isso depois do drama noturno nas filas para a marcação de atendimento.
Sim, a prefeitura reformou e deu continuidade aos postos projetados e encaminhados ainda na gestão Vaulino ( quando ela fala deste assunto, do alto de seu complexo de deusa mãe da pobreza, ele vaja na maionese e pira na batatinha ao renegar o crédito do seu antecessor).
Uma desconhecida, de língua amolada, ao passar na frente de uma casa em que um aparelho de rádio em volume auto reproduzia a entrevista da prefeita, definiu quase aos gritos : " é muita cara de pau! "
Bom, nos aqui, depois de muito relutar, chegamos a conclusão de que a prefeita Monica, ao falar publicamente, emite um discurso para os alienígenas e não para o povo de Camocim. Somente isso seria capaz de justificar tamanha improdutividade na operacionalização da saúde pública.
Depois voltaremos a falar deste assunto...
Carlos Jardel