Atenção Ministério Público:
Governo passou 3 anos parado e só resolveu se mexer nas vésperas da eleição
Deve-se levar em consideração que o Governo Itinerante da Prefeitura de Camocim está servindo tão somente para promover a imagem politica da prefeita Monica Aguiar, que deverá ser candidata a reeleição nas eleições deste ano. A justificativa de que o projeto itinerante "aproxima ainda mais a Administração Municipal da população, através da descentralização das secretarias do governo", é inconsistente, já que em apenas um dia é impossível ao Governo resolver minimamente os problemas de um rua, quanto mais de um bairro. O outro fator que também deve ser considerado é que durante os últimos 3 (três) anos a administração ficou parada, sem ir ao encontro do povo, mesmo não havendo nenhum tipo de impedimento, a não ser a falta de vontade. Também está claro que a prefeita resolveu inaugurar algumas obras somente neste ano eleitoral. Isso é tido como uma velha tática aplicada por gestores irresponsáveis que tentam a todo custo ludibriar a população tentando repassar a imagem de que é um governo trabalhador, apenas com a intenção de captar voto nas eleições para o candidato do Governo.
O próprio prefeito de Camocim, Sérgio Aguiar, aliás, deputado, numa entrevista institucional disse que o projeto "serve para dar publicidade de tudo aquilo que deve existir na administração".
A população pergunta; por que a prefeita não criou o Governo Itinerante em 2013, 2014 ou em 2015? Somente agora, nas vésperas das eleições?
Os vereadores de oposição e o Ministério Público Eleitoral devem solicitar o orçamento do projeto e comparar os valores que a prefeita gastou em publicidade durante os últimos anos e o que ele pretende gastar neste ano. Afinal de contas, este projeto repentino é suspeito e tem causado estranheza entre populares, inclusive, virou objeto de discussão e questionamento nas redes sociais.
Exemplo
Casos deste tipo devem ser denunciados aos órgãos da Justiça Eleitoral, da mesma forma que fizeram no ano de 2014 com o então Governador do Estado do Rio de Janeiro, Pezão, que criou o Gabinete Itinerante e foi denunciado à Justiça através do Ministério Público Eleitoral que pediu a punição pela utilização eleitoral do projeto em ano eleitoral, sem previsão orçamentária, com a finalidade de promover pessoalmente a imagem do governador no cenário político-eleitoral, junto ao eleitorado mais humilde sob o argumento de que o referido programa teria como objetivo ouvir as reivindicações da população.
Alfinetada
A administração "Avançar em tudo, cuidar de todos" tenta subestimar a inteligência da população, aplicando esta medida administrativa fajuta, sem efeito algum junto à população. As melhorias nas comunidades e bairros independem desta ação itinerante. A prefeitura pode, se quiser, ficar em seu devido lugar, parada, e colocar todas as suas secretarias para resolver os problemas de falta de medicamentos, de saneamento básico, de abastecimento de água, de limpeza das praças e ruas, coleta de lixo etc.
Quanto ao "ouvir a população", bastaria colocar realmente a Ouvidoria Municipal para funcionar - afinal de contas, é pra isso que ela existe - .
A Câmara itinerante
A Câmara de Camocim também pretende validar a promoção de imagem politica de Monica Aguiar com o projeto Câmara Itinerante. Como a Chefe do Executivo domina a maioria esmagadora dos edis, e como é de praxe eles prestarem culto a personalidade, a sessão nos bairros servirá apenas para uma exposição, também fajuta, dos remendos administrativos da prefeita, fortalecendo a sua pré-campanha eleitoral.
Por outro lado, a sessão itinerante é um momento propicio para os moradores se reunirem e cobrarem com faixas, cartazes, falas e baixo-assinados, todos os problemas que a população enfrenta, limpeza pública, falta de medicamentos, de água etc.
Carlos Jardel
