O Revista Camocim ouviu familiares de detentos do Presidio de Camocim, que apresentaram uma versão dos fatos sobre a rebelião ocorrido na última sexta-feira.
Os familiares relatam que os presidiários sofreram espancamentos após serem rendidos durante rebelião e que um dos detentos teve os dentes quebrados e um costela fraturada.
Além disso, os familiares afirmam que a alimentação é precária.
No vídeo, uma senhora relata que sua nora, esposa de um detento, também foi espancada e algemada por que teria reclamado das agressões de um dos presidiários.
Eles esperam que as autoridades resolvam o problema.
Em tempo 1
Os detentos, que não são santos, e devem pagar por seus crimes, não podem ser tratados em desacordo com a Lei. Merecem o devido respeito constitucional. O cárcere não pode ser um depósito entupido de pessoas e muito menos um lugar de tortura ou de vingança social. Apesar de ser utópico, o Presidio tem que ser o espaço de ressocialização de todo e qualquer individuo. Como isso vai acontecer? Não sabemos ainda. Mas é uma pergunta que, pelo menos, deve provocar a sociedade organizada.
Em tempo 2
O Revista Camocim entende perfeitamente o papel dos agentes de segurança pública, reconhece sua importância e os relevantes serviços prestados à população. Assim como entende que o clima de uma rebelião é tenso é de risco para estes profissionais. Eles tem filhos, esposas, mães que também sofrem e se angustiam com o que pode vir acontecer.
Em tempo 3
Não descartamos a possibilidade de exagero de alguns PMs durante a ação, da mesma forma que não descartamos o exagero de alguns familiares exaltados.
Em tempo 4
O grande culpado desta situação é o Governo do Estado e nossas autoridades locais.
Carlos Jardel