Dentre os vários problemas existentes no serviço de saúde em Camocim, a falta de um profissional psiquiatra para atender a demanda no CAPS é um problema grave. Os pacientes são atendidos apenas por enfermeiros, Assistente Social e uma psicologa, esta que, por sinal, tem se "virado nos trinta" para dar conta de uma demanda extrapolada. Vale destacar a importância destes profissionais, mas ressaltamos que eles não substituem o médico psiquiatra. Eles não são psiquiatras, não atendem como psiquiatras (nem poderiam), por tanto, o atendimento feito no CAPS é precário - isso sem falar da falta constante de medicamentos -. Muitos pacientes relatam - e somos vitimas desta irresponsabilidade - que vivem um verdadeiro sofrimento quando precisam de uma receita médica para comprar os medicamentos. Muitas pessoas que fazem tratamento acabam entrando em crises absurdas devido a espera de uma simples receita. Ou seja, a politica pública de saúde mental em Camocim está longe de atender a população como deveria.
A prefeita e o deputado, por serem ricos, não sabem o que é passar por um sofrimento deste tipo. Eles, certamente, não utilizam o serviço público de saúde, não sabem o que é ter que esperar dias, meses e anos por uma consulta psiquiátrica via serviço público. Eles não sabem o que é ficar sem medicamentos. Talvez por estes motivos o CAPS e demais unidades da saúde funcione de "ruim a pior". E nem adianta querer dizer que o atendimento está dentro do padrão exigido, por que não está. A situação é gravíssima e não se comporta dentro do discurso em que a prefeita afirma que o sistema de saúde em Camocim melhorou, ou que está avançando para melhor. Isso, todos sabem,
não é verdade!
Carlos Jardel
