VOCAÇÕES GENUÍNAS - Revista Camocim

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terça-feira, 1 de setembro de 2015

VOCAÇÕES GENUÍNAS

 Toda vocação é sempre uma história de amor e doação, um mistério insondável que nos insere na dinâmica do Reino em favor da humanidade. Em um mundo tão secularizado como o nosso, marcado por uma real crise de valores e referências éticas, somos convidados a reconhecer com alegria e bendizer a Deus pela resposta comprometida de alguns homens e mulheres a esse chamamento do Pai. Felizmente, ainda contamos com autênticos servos de Deus!

No dia 29 de agosto, sábado, pude testemunhar um desses encontros surpreendentes entre dois grandes homens que ao longo dos anos se destacam por seu exemplo e dedicação ao projeto de Jesus Cristo, cada um em seu próprio caminho vocacional. Não poderia deixar de compartilhar esse momento porque percebi claramente no olhar e na conversa de ambos a presença de Deus, a chama ardente de uma vocação genuína.

O relógio marcava 9:00h quando Francisco Valmir Rocha, Carlos Jardel e eu chegávamos a Sobral/CE, mais precisamente na Paróquia São João Batista, Centro de Treinamento do Sumaré – CENTRESUM. Lá, um sacerdote de baixa estatura, idade avançada e olhar atencioso nos aguardava pacientemente.  Pe. João Batista Frota é um desses padres que sempre tive como referência em minha caminhada pastoral, um intelectual de mão cheia, poliglota e dotado de uma eclesiologia fascinante. Li duas de suas obras - “Marcos de Esperança e Construindo o Amanhã” - e me alegrei muito em ver o encontro daqueles dois amigos, meu pai e ele.

Enquanto expectador observava que a conversa fluía naturalmente, por entre lembranças da época de seminário, recordações de velhas amizades e o assunto mais importante, o itinerário para a publicação de um livro. Valmir Rocha havia trazido o seu primeiro projeto literário: “O Evangelho comentado para os dias de hoje – ANO B”. Era um calhamaço de anotações, impressões e observações que ele diligentemente entregava nas mãos de Pe. Frota para a sua apreciação e possíveis retificações.

Contudo, para além desse propósito literário, o que me prendeu a atenção foi a originalidade e profundidade desse encontro. A simplicidade e o amor sincero pela obra de Deus chamavam atenção, principalmente, quando nos deparávamos com alguns de seus relatos. Dentre eles, posso destacar aqui a experiência de Pe. Frota no Oriente Médio em uma comunidade judaica e os bastidores da vida seminarística de Valmir Rocha, sobretudo, na convivência com D. José Tupinambá, bispo de Sobral naquela época. Em cada sorriso e palavra, sobressaíam-se sutilmente a felicidade e aquela sensação de plena realização de quem escolheu o caminho certo na vida.

O testemunho de vida continua sendo a forma mais eficaz de anunciar Jesus Cristo. Que Deus em sua infinita sabedoria dê vida longa a esses dois servos e que suas palavras possam ser cada vez mais portadoras de encanto, poesia e ternura pelo legado de Jesus.

César Rocha