
Em relação aos álbuns com fotos impressas, o compartilhamento instantâneo traz vantagens: as imagens alcançam muitos amigos e membros da família. “Na nossa correria, nem todo mundo pode visitar sempre”, lembra Tricya. Mas ela lembra que tudo em excesso pode trazer perigo. Assim, limita as publicações da filha aos amigos das redes sociais e evita expor partes íntimas do corpo. “Existem os riscos e existe também a personalidade de cada um. Eu, por exemplo, sempre fui mais reservada”, opina.
Algumas perguntas devem nortear as publicações dos pais. “Isto é relevante para que os outros saibam?” e “é necessário compartilhar isto?” são exemplos dados pela psicóloga Ilana Camurça Landim. Nem sempre o juízo crítico sinaliza que o conteúdo vai causar constrangimento ou riscos. Portanto, é necessário saber que informações podem ser perigosas em posse de estranhos. Como locais frequentados pela família e nomes das escolas dos filhos.
Quando os adolescentes se inserem nas redes sociais, é hora de acompanhar as interações na rede. Pai da adolescente Kamila, Lucivaldo Vasconcelos, 45, até recebe reclamações por comentar as fotos da filha de 14 anos. “Ela fica um pouco chateada, mas eu faço questão de dar uma olhada em quem comenta o perfil dela, com quem ela conversa. O papel do pai é de monitorar mesmo.” A opinião é compartilhada por Rosângela Freitas, mãe da Nayara, de 13 anos. “Costumo dizer a ela que não se exponha nem publique muitas fotos. Não é seguro”, diz.
O Povo