Por Roberto Malvezzi (gógo)
O Brasil vive um regime político chamado de aristocracia, isto é, o governo dos melhores. São os homens do agronegócio, da indústria, dos bancos, que ocupam o Congresso e que decidirão o futuro do governo brasileiro.
Faz parte dessa aristocracia brasileira juristas como Gilmar Mendes, o homem que disse que vai “cassar o mandato de Dilma”.
Eles se respaldam na tão nobre mídia tradicional brasileira, também composta de aristocratas, como os Mesquitas (Estado de São Paulo), Frias (Folha de São Paulo), Civita (Editora Abril) e Marinho (Globo), além de tantos outros de menor expressão, mas também da aristocracia brasileira.
Com o advento da internet e das redes sociais esses organismos de mídia já não decidem mais as eleições brasileiras, mas podem perfeitamente colaborar na derrubada da plebe por seus representantes da aristocracia.
Se vivêssemos em uma democracia, valeria o voto dos plebeus, ou a vontade de os 54,5 milhões de eleitores que escolheram majoritariamente seu candidato nas últimas eleições. Mas, nas aristocracias o voto da plebe não tem valor.
Então, importa os dados do Data Folha, ou do Ibope, sobre a popularidade atual da presidente. São essas pesquisas que dão a legitimidade de um mandato, não o voto cravado pelo povo nas urnas. Ou então, decidem picuinhas jurídicas, como pedaladas fiscais e dúvidas sobre dinheiro de campanha. Melhor assim. Afinal, o povo nada sabe, não tem poder de decisão e nem deveria votar. A não ser que votasse conforme a vontade dos aristocratas.
Fonte: CNLB