QUAL É MESMO A VALORIZAÇÃO DADA AOS TRABALHADORES DA PREFEITURA DE CAMOCIM ? - Revista Camocim

sexta-feira, 1 de maio de 2015

QUAL É MESMO A VALORIZAÇÃO DADA AOS TRABALHADORES DA PREFEITURA DE CAMOCIM ?

Não existe data  melhor do que o 1º de Maio, Dia do Trabalhador,  para lembrar do tipo de valorização que a Administração Avançar em tudo e Cuidar de Todos tem dado aos trabalhadores da prefeitura de Camocim, efetivos e contratados, e o quanto isso interfere prejudicialmente no desenvolvimento da cidade, que visivelmente atravessa um dos seus piores momentos econômicos dos últimos 10 anos.  O que se percebe, em primeiro lugar, é um enorme abismo entre a retórica difundida sobre valorização dos servidores e a prática. Ou seja, o discurso, por sinal muito simplório, não dá conta da realidade dos fatos, a começar pela falta de aumento salarial para todas as categorias, que esperam há mais de 3 anos, sendo que nesta espera por aumento estão os que exercem cargo de confiança, do primeiro ao último escalão. É  bom enfatizar que a valorização do trabalhador não pode ser reduzida somente ao salário, muito embora este seja o carro chefe da questão, mas o trabalhador é valorizado quando recebe condições para exercer bem suas funções, e neste quesito, também, a prefeitura tem falhado, e muito. Basta olhar pra precariedade dos equipamentos que dispõe a Guarda Municipal, a começar pela própria sede e pela quantidade minima do efetivo de guardas e Agentes da Sutran, que tentam se desdobar nas ruas para atender a demanda crescente de casos. Lembra-mos que, recentemente, a categoria  teve até que mencionar a palavra greve para receber alguns incentivos financeiros, isso depois de um demorado processo de diálogo com o Executivo. 

Antes de adentrar em questões mais especificas, devemos lembrar que a administração da prefeita, por duas vezes, irresponsavelmente prejudicou os trabalhadores com o pagamento do PASEP, enviando a RAIS para o Governo  fora do prazo, ocasionando um atraso enorme na liberação do sagrado beneficio dos trabalhadores. A gestão da prefeita Monica também já chegou a atrasar o salário dos servidores (caso mais recente foi registrado há poucos dias, em que  os trabalhadores do Cadastro Único do Bolsa Família estavam com 03 meses sem receber pagamento) além de ter feito confusão no calendário de pagamentos, deixando os trabalhadores que nem baratas tontas nos bancos. Foram situações desrespeitosas, de desvalorização, já mais vista durante os 08 anos que antecederam o projeto politico "agora é Ela".  

Dando continuidade,  falando em categorias de profissionais,  temos nos Agentes de Endemias outro exemplo de desvalorização de trabalhadores. Os mesmos estão sofrendo para receberem o novo piso salarial nacional, garantido por lei federal. Inclusive muitas prefeituras já passaram a cumprir a lei do piso. Por aqui, conforme se comenta, a justificativa da prefeitura é que "não tem dinheiro". Sobre esta questão, na  Câmara, o líder da oposição cobrou respostas da prefeita.

Na área da saúde o sofrimento dos trabalhadores é clássico, além da falta de reajuste salarial, lhes faltam equipamentos para o bom desempenho das funções. Para se ter ideia, até receitas ainda estão vindo com logomarca da administração passada. Isso sem falar que muitos profissionais perderam o incentivo da insalubridade (perderam dinheiro). Sem falar nas transferências de trabalhadores sem justificativa, apenas com fedor de perseguição contra os que não votaram na prefeita e no deputado. 

Na educação o abacaxi é enorme. A falta de respeito começa pala desvalorização da representação da categoria, no caso o Sindicato Apeoc, que recebe da administração Monica tratamento grotesco, de pura indiferença. Isso depois da prefeita ter enganado o Sindicato durante sua campanha eleitoral, prometendo criar uma mesa permanente de negociações, efetivar os aprovados do concurso público etc. Pra piorar, a prefeita se nega a manter diálogo com o sindicato, e quando isso acontece é mediante a intervenção do Ministério Público. 

A desvalorização dos trabalhadores da educação também pode ser percebida no fatídico episódio do pagamento dos abonos, em que a prefeita não soube explicar os motivos de ter liberado uma frustante "bagatela", para quem esperava bem mais, como era de costume na gestão Vaulino. Muitos professores, até hoje, perguntam: o que a prefeita fez com nosso dinheiro? E se formos enumerar a quantidade de promessas (não cumpridas), destinada a melhorar as condições de trabalho dos profissionais de educação, tomaríamos quilômetros de páginas, e mais ainda se fossemos contar a quantidade de denuncias que o sindicato impetrou contra a prefeitura, que falam sobre indícios de desvio de recursos do Funde a transferências ilegais de servidores por perseguição politica. 

Pra finalizar, vamos lembrar em poucas linhas de  alguns casos de desvalorização de trabalhadores da municipalidade, começando pelo o uso e abuso dos contratados durante a campanha eleitoral do deputado e o "pé na bunda" dos mesmos logo após a eleição. Pior ainda foi os que foram praticamento forçados a ficarem trabalhando quase 06 meses sem remuneração para "garantir a vaga", quando na realidade, depois de todo tipo de humilhação, foram dispensados brutalmente.

Todas estas e muitas outras situações que acabam não vindo a público refletem negativamente na vida de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, tanto da esfera pública como na  esfera privada. Implica na estagnação econômica e social da cidade, diminui e enfraquece os modelos alternativos de economia existentes, no caso, os trabalhos informais, como venda de ambulantes etc. 

Desta forma, se pergunta: qual é o promissor projeto de geração de renda e emprego desenvolvido pela prefeitura de Camocim na gestão da prefeita Monica Aguiar?

Com a certeza de uma resposta "esfarrapada", dada por qualquer "capacho sofredor", concluo afirmando o que penso:  que, apesar dos poucos avanços,  a força e a luta pela dignidade dos trabalhadores continuam sendo os mais concretos e principais motivos para se comemorar no dia 1º de Maio, Dia do Trabalhador,  e que não é justo e nem legitimo os discursos oportunistas de certos políticos travestidos de executores das benevolências, quando não passam de seres que parasitam nas entranhas do Estado, sugando o suor dos trabalhadores, roubando o sorriso das crianças filhas dos desempregados e gerando a falta de perspectivas dos nossos jovens.

Que Deus abençoe a todos!

Carlos Jardel