HAVIA CARTEL EM CONTRATOS COM PETROBRAS, ADMITE EXECUTIVO - Revista Camocim

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terça-feira, 5 de maio de 2015

HAVIA CARTEL EM CONTRATOS COM PETROBRAS, ADMITE EXECUTIVO

Camargo Corrêa, Dalton Avancini, reconheceu em interrogatório na Justiça Federal no Paraná ontem que havia um cartel de empreiteiras nas obras da Petrobras. “Realmente havia combinação das empresas e eu participei das negociações”, disse, citando o caso do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio).

Segundo ele, nas reuniões ficou decidido que a Camargo só receberia contratos menores no Comperj porque a empreiteira já havia fechado um negócio de R$ 3,4 bilhões com a Petrobras na Refinaria Abreu e Lima.

O executivo disse que participavam dessas reuniões em que a divisão de obras era discutida a Odebrechet, UTC, OAS, Andrade Gutierrez, Techint, Promon, Queiroz Galvão e Toyo.

Avancini afirmou que os líderes dessas discussões eram Márcio Faria, da Odebrecht, e Ricardo Pessoa, da UTC. Ainda segundo ele, todas as empreiteiras que tinham contratos com a Petrobras pagavam suborno que beneficiavam o PT e PP, partidos que, segundo ele, indicaram as diretorias de Serviços e Abastecimento da estatal, respectivamente. “Todas elas pagavam [propina]. A informação que tínhamos era que isso era regra”, afirmou.

A Camargo admitiu ter pago R$ 110 milhões em comissões para conseguir os contratos das refinarias Abreu e Lima, Repar, no Paraná, e Revap, em São Paulo. A propina era de 1% do valor do contrato, segundo ele.

Beneficiários

O ex-diretor de Serviços Renato Duque, que está preso em Curitiba, e Paulo Roberto Costa, que ocupava a área de Abastecimento e foi solto após fechar um acordo de delação, eram os beneficiários dos repasses ilícitos, ainda segundo o presidente da Camargo.

Avancini e Leite fizeram um acordo de delação com procuradores da Operação Lava Jato e prometeram contar o que sabe em troca de uma pena menor.

De acordo com Leite, a empresa pagava propina a estatal poderia criar dificuldades na gestão do contrato. Os acionistas e o conselho de administração da empresa não sabiam do pagamento de propina, afirmou Leite.

A Camargo não quis comentar as declarações de seus executivos. A Odebrecht disse que nunca participou de cartel ou pagou propinas e apontou que a declaração do presidente da Camargo é “vingança concorrencial”.

O PT nega o recebimento de propinas e afirma que todas as doações são legais. As outras empresas não comentaram até as 20h desta segunda. (das agências de notícias).

O POVO