Já em Camocim,
a administração Monica acabou com o tradicional festival de violeiros
Longe do Sertão Pernambucano, onde a sanfona deu voz ao Nordeste, nas canções de Luiz Gonzaga, em meio ao Vale Jaguaribano, o som do fole se mantém vivo, passando de geração em geração. O Festival de Sanfoneiros reúne antigos e novos instrumentistas, num espetáculo de encher os olhos e encantar ouvidos. A programação termina amanhã, 23, com homenagem a músicos e intérpretes do Interior.
Na palestra Conversa de Sanfoneiro, hoje e amanhã, das 16h às 17h, no auditório do Núcleo Informação Tecnológica (NIT), ao lado da Praça da Matriz, o sanfoneiro Alves Nascimento bate o seu papo hoje; e Redondo, juntamente com a Banda Som do Norte, encerrando a programação diurna, amanhã.
A retomada do Festival de Sanfoneiros de Limoeiro do Norte foi, de muito tempo, uma demanda cultural da população do Vale do Jaguaribe, pela importância que suas cinco primeiras edições alcançaram, de 1968 a 1972. O Festival surgiu em 1968, a partir do programa Vesperal do Volante, da Rádio Educadora Jaguaribana, apresentado pelo radialista Luiz Gonzaga de Freitas, que reunia filas de sanfoneiros em busca de oportunidade. O evento permaneceu no imaginário cultural do Vale pela efervescência provocada, o surgimento de novos valores e os tantos casos que, até hoje, alimentam a memória local.
O Festival é uma realização do Instituto Brasil de Dentro, e está em sua 9ª edição, com apoio da Prefeitura de Limoeiro do Norte, Secretaria de Cultura do Estado do Ceará e Companhia Energética do Ceará (Coelce).
Ellen Freitas
Colaboradora