
Com as mudanças, o consumidor que comprar imóvel usado pelo SFH, que atualmente precisa de uma entrada mínima de 20%, terá de dar uma entrada de, pelo menos, 50% e financiar a outra metade.
No caso do SFI, o comprador, que hoje pode dar uma entrada mínima de 30%, terá, a partir de hoje, que pagar pelo menos 60% do valor do imóvel, financiando com a Caixa no máximo 40%.
De acordo com Apollo Scherer, presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, Creci-CE, a redução do limite para financiamento de imóveis usados provocará um reordenamento no setor. Outra consequência é a migração para outros bancos com financiamentos mais atrativos. "Os bancos privados já se apressaram em afirmar que tem financiamento de até 80%. Então isso pode resultar em uma migração. Consórcios imobiliários ganharão força e o mercado pode se acomodar".
No entanto, Apollo destaca que as movimentações no mercado econômico tendem a não afetar de forma brusca o setor de imóveis. "O mercado sempre teve essa movimentação de readequação, sempre houveram esses acontecimentos econômicos e as cidades, mesmo assim, não param de crescer e de construir. Sempre haverá alguém para comprar. Essa mudança representará uma movimentação momentânea, mas logo o mercado irá se adequar".
O POVO