RIDÍCULO: MASTROLHANO DIZ QUE FISCALIZAÇÃO RÍGIDA DA POLICIA RODOVIÁRIA NA ESTRADA DO MACEIÓ NÃO É NECESSÁRIA - Revista Camocim

terça-feira, 28 de abril de 2015

RIDÍCULO: MASTROLHANO DIZ QUE FISCALIZAÇÃO RÍGIDA DA POLICIA RODOVIÁRIA NA ESTRADA DO MACEIÓ NÃO É NECESSÁRIA

Vereador quer que fiscalização fique por conta da Sutran.

O vereador Mastrolhano na sessão de ontem pediu que fosse enviado oficio ao deputado Sérgio Aguiar para que o mesmo procurasse junto ao DER -Departamento Estadual de Rodovias, a possibilidade da fiscalização da Ce Maceió-Camocim,  passar a ser de responsabilidade da Sutran, órgão municipal de trânsito da Prefeitura, por que ele (vereador) considera desnecessária "a fiscalização rígida" da PRE - Policia Rodoviária Estadual e que a "fiscalização prejudica a população". 

Perdido na justificativa, e até mesmo se contradizendo, o vereador disse que não é a favor da irregularidade no trânsito e nem da fiscalização, e tentou exemplificar sua tese com a seguinte comparação:

" Hoje, o pai de familia que ir no Maceió, que quer levar sua familia numa "pampazinha, numa "picapzinha", não pode,  por que eles (PRE) estão entrando. A estrada é do Estado e a população não está conseguindo chegar ao Maceió"

O vereador Oliveira da Pesqueira conseguiu entrar no festival de apologia às irregularidades de trânsito, concordando com a ideia de Mastrô, enfeitando que seria bom que a fiscalização  ficasse com a Sutran por que "são os amigos da gente" disse Oliveira e completou, "não é que eles vão defender as falhas da gente , os defeitos da gente, mas  eu acredito assim, pra gente levar duas ou três pessoas na carroceria, dentro da nossa própria cidade, tendo os redutores de velocidade, eu acredito que vai dar tudo certo".
  
Ora, se o vereador diz que não é a favor das irregularidades e nem da fiscalização, sabe bem que o exemplo acima trata-se de uma irregularidade passiva de multa.

Para o bom entendedor, o vereador Mastrolhano está sugerindo que os órgãos de fiscalização faça vista grossa para as irregularidades, " por que Camocim é considerada "uma cidade do interior" que "não é nível de capital". Seria também uma forma de ganhar ponto politico através de uma medida que visa infringir as leis. 

O requerimento do vereador, pelo o que tentou justificar, pode ser considerado irresponsável, e mais ainda será o deputado Sérgio se atender a absurda solicitação. Ele (Mastrô) deve estar alheio a critica situação do Brasil, que em média morrem anualmente cerca de mais de 50 mil pessoas vitimas de acidentes de trânsito, sendo que desta média  boa  parte está relacionada ao uso de bebidas alcoólicas, fazendo com que o Brasil se torne um dos mais violentos trânsitos do mundo. É tão lógico, que a Lei Seca foi criada justamente para diminuir as incidências e  punir severamente os criminosos .   

O próprio Camocim é um exemplo forte desta situação, basta relembrar a "rua da morte", apelido dado ao infernal movimento da rua Dr. João Thomé pelos inúmeros casos de acidentes. E até mesmo na recente inaugurada estrada do Maceió, para  a qual o vereador diz ser desnecessária a fiscalização rígida da PRE, por lá já morreram algumas pessoas e  vários acidentes menos graves foram registrados. É naquela estrada que vários motoristas dirigem seus veículos com "a cara cheia de álcool", principalmente nos finais de semana, indo e vindo  das praias e das fomas "farras de bebedeiras" no Lago Seco,  zombando das leis e colocando em risco a vida de pessoas que dirigem respeitando todos os limites estabelecidos na lei e a própria vida. 

Contrário ao que pensa o vereador Mastrô, é a fiscalização rígida que tem evitado muitos crimes na estrada, por que intimida os que desejam se aventurar ilegalmente por trás de um volante ou na  direção de uma moto. 

O momento era pra pedir a intensificação da fiscalização através de blitz. E não pedir menos rigor. O momento era pra pedir que o projeto federal de habilitação popular  fosse ampliado para regularizar a situação de muitos motoristas. O momento era pra criticar os "famosos toqueiros", corruptos que não cumprem a lei e ainda extorquem os motoristas. Resumindo, Mastrolhano perdeu a oportunidade de ficar calado ou de pedir pra se ausentar para ir ao banheiro.

Atualizado às 10h46min

Carlos Jardel