
Camponeses da região, próxima à cidade de Anapu, ainda temem a invasão de madeireiros e a perda de suas terras das quais tiram seu sustento e pedem mais presença do Poder Público para que possam ter tranquilidade e segurança.
Missionária da Congregação Notre Dame de Namur, Dorothy lutou pela reforma agrária e pelo acesso à terra aos pequenos agricultores no sudoeste do Pará, mas contrariar os interesses de latifundiários custou sua própria vida.
Os avanços após a morte de irmã são inegáveis, conforme algumas pessoas confirmaram à Agência Brasil, como a ampliação do lote destinado ao Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança e a concessão de recursos para que os trabalhadores rurais invistam na produção e levantem suas casas de alvenaria. Porém, os assentados também reclamam que a falta de acompanhamento próximo do Estado, pode ocasionar em novos focos de tensão.
Relembre o caso
A irmã trabalhava pela criação de um assentamento em um lote de terra do fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, que pagou R$ 50 mil para Rayfran assassiná-la, conforme apontam investigações. O fazendeiro foi condenado em2013 por ser o mandante do crime, porém, em depoimento, Rayfran inocentou o fazendeiro. Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como Taradão, também foi condenado como o segundo mandante do crime.
Missionárias e o padre da congregação de Dorothy, que ainda moram em Anapu, foram ameaçados depois do assassinato por darem continuidade ao trabalho da irmã.
Redação O POVO Online