Mudar o discurso até que é interessante e, convenhamos, digno, isso por que ainda, queiram ou não queiram, estamos numa democracia politica, e atitudes deste tipo sinalizam "algumas coisas" de cunho mais intelectual, como por exemplo, que estávamos seguindo erroneamente determinada  linha ideológica e passamos a acreditar em outras teses. Afinal de contas, existem várias vias a serem seguidas na sociedade, esta máquina que está sempre em constante movimentação. Agora, mudar o discurso é muito mais vantajoso para quem tem coragem de se assumir com o mesmo, com aquilo que o identifica,  fugindo de vergonhosas insinuações, de desnecessárias autodenominações e do revestimento de falsa imparcialidade, e é obvio, se preparar para as criticas, pois ninguém (principalmente figuras públicas) está imune a elas. E se tratando da politica  de uma cidade interiorana, de mentalidade ainda provinciana, com considerável teor de alienação, onde todos se conhecem, se torna mais complicado sustentar publicamente tamanho fingimento - no português mais escrachado,  seria o mesmo que usar a "cara de pau" para dizer o que é sem nunca ter sido. 
São atitudes deste tipo que despertam a famosa expressão popular, que evoca espanto, surpresa e perplexidade: "quem te viu e quem te ver ! " - Ainda bem que este blogueiro que vos escreve não precisa mentir. Podem até discordar da nossa linha editorial, mas não podem nos estigmatizar de mentiroso, ou de hipócrita, quanto ao nosso comportamento politico. Todos sabem e conhecem as nossas bandeiras, o nosso palanque, o nosso discurso e, é claro, todos gozam do livre e sagrado direito de questionar.
Agora, quanto ao zelo pela cidade, isso não é, nunca foi, e nunca será particularidade de um pequeno grupo de alienados que imaginam reinar na cidade na sombra e água fresca de qualquer oligarquia histórica, que dentre suas características, detecta-se  a de criar monopólios para  dominar meramente todo e qualquer ambiente democrático de debate e discussão. 
Com relação ao fato de discordar do governo da prefeita Monica e da linha politica de seu grupo, ou de qualquer outro,  não pode ser considerado, ou se quer confundido com "falta de amor pela cidade ou pessimismo", pois, se formos analisar por esta linha, a cota de "sem amores e de pessimistas" na cidade seria proporcional ao número de hipócritas críticos que alimentam midiaticamente esta pobre versão.
Parafraseando pensamento alheio: fica a dica! Pois o debate não é este "lenga lenga" que querem que seja. É só um toque para dizer que temos muita munição. 
Carlos Jardel 
