O DIFÍCIL CONSENSO DA REFORMA POLÍTICA - Revista Camocim

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

O DIFÍCIL CONSENSO DA REFORMA POLÍTICA

Tema afiado no discurso dos parlamentares, a votação da reforma política enfrenta dificuldades para avançar no Congresso Nacional por conta de divergências e falta de disposição dos partidos. Segundo levantamento do Diário do Nordeste, 999 proposições sobre o tema já chegaram à Câmara Federal nos últimos 20 anos, das quais 452 estão tramitando. Deputados federais do Ceará admitem que a pauta pouco evoluiu nos últimos anos e apresentam reservas sobre a participação popular no processo. 

Durante visita a Fortaleza, no encontro nacional do PT, na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff voltou a fazer referência ao tema e declarou que a reforma política só saíra com participação popular. Ela ainda tentou arrefecer os ânimos do Congresso, explicando que isso não reduz o papel do parlamento. Dilma reforçou a defesa pelo fim do financiamento empresarial às campanhas eleitorais e a paridade na representação parlamentar, com 50% das vagas reservadas às mulheres. 

Todos os deputados federais cearenses ouvidos pelo Diário do Nordeste afirmam que a prerrogativa de votar a reforma política é do Congresso Nacional. Porém, a maioria concorda que a população pode responder a um referendo para legitimar ou não a proposta aprovada na Câmara Federal e Senado. Financiamento de campanha, voto em lista, cláusula para limitar o número de partidos e fim da reeleição seguem como os temas mais polêmicos entre os parlamentares.

Diário do Nordeste