49% DAS AMOSTRAS DE ÁGUA DOS CARROS-PIPA ESTÃO CONTAMINADAS - Revista Camocim


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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

49% DAS AMOSTRAS DE ÁGUA DOS CARROS-PIPA ESTÃO CONTAMINADAS

Dizem, não deve chover tão cedo, né? E o silêncio que sucede a pergunta é como se a comerciante Maria Elita Rodrigues, 35, pedisse por um alento. Mas além da evaporação e da pouca recarga este ano - não só em Capistrano, onde ela mora, a 110,5km da Capital, mas em todo o Ceará -, a pouca água que restou está com a qualidade comprometida, segundo relatório da Secretaria da Saúde do Estado.

Em 49% das 756 amostras coletadas em carros-pipa nos anos de 2012 e 2013, a análise microbiológica alertou para não conformidade quanto ao parâmetro coliforme total, “o que é sinal de falhas no tratamento ou de não integridade no sistema de distribuição, incluindo o reservatório”, segundo o documento, ao qual O POVO teve acesso. Foi avaliada a qualidade da água de 27 municípios, entre eles Capistrano.

A ocorrência da bactéria Escherichia coli foi comprovada em 155 amostras (20%). O relatório destaca que o valor não é tolerado com relação à potabilidade, indicando que “o patógeno é indicador de contaminação fecal”. A análise também contemplou o indicador turbidez total. Das 715 amostras analisadas, 84 (12%) resultaram acima do valor máximo permitido.

Já quanto ao indicador residual de cloro livre, das 223 amostras, 44 (20%) resultaram insatisfatórias. Todos os resultados, segundo o documento, representam “alto risco de exposição humana a micro-organismos patogênicos”, principalmente crianças, idosos e imunodeprimidos.

“Não tem uma chuva boa desde 2012. A água tá ficando grossa. Antes não era tanto, mas já começou a ficar ruim”, conta Roberto Menezes, 47, um dos 13 pipeiros de Capistrano. A água ele vai buscar no açude Curupaiti, que fica na vizinha Itapiúna. Mas garante que ninguém reclama, “porque é a única que existe”. Antes de abastecer as cisternas, as pastilhas de cloro são utilizadas. E é o único artifício, porque não há estação de tratamento.

O município concentrou a maior quantidade de amostras analisadas - foram 149, sendo que 97% apresentaram coliformes, e 69%, Escherichia coli. Apesar dos resultados, não houve na cidade surtos de doenças provocadas pela má qualidade da água. “Coisa de Deus, né? Só pode”.

Clique aqui para ler na íntegra  matéria do O POVO