
“Isso está sendo avaliado por cada secretaria. No momento em que isso for quantificado, com o tamanho da capacidade gerencial do Estado, vai se medir a necessidade, ou não (dos cortes). Mas que vai ser controlado, vai ser controlado. Vamos ter de dar uma enxugada, com certeza”, afirmou Mauro Filho, na noite de ontem, em entrevista durante reunião da equipe de transição.
Questionado sobre o atual cenário de terceirizados no Governo, o ex-secretário disse que o cálculo só será fechado com a exposição das demais pastas – até agora, seis das 27 pastas apresentaram diagnóstico a Camilo. “Não dá para dar esse tamanho agora nem seria estrategicamente correto, porque estamos vendo os projetos que cada secretaria tem e a relevância do que elas estão para contratar”.
O POVO verificou, nos relatórios de prestações de contas do Governo – divulgados pelo Tribunal de Contas do Ceará (TCE) – que os gastos com terceirização quase triplicaram nos últimos anos – em 2006, a despesa era de R$ 303,4 milhões. No ano passado, o valor foi de R$ 863,9 milhões. Os números levam em conta os itens “locação de mão-de-obra” e “outras despesas de pessoal decorrentes de gastos com terceirização”.
Mauro Filho argumenta que se trata de reflexo do aumento de serviços prestados pelo Estado. “A tendência natural da expansão do serviço público é que ele acaba trazendo, para a prestação de serviço de maior dimensão, o terceirizado”. Segundo ele, as pastas terão, agora, de comprovar a necessidade desses recursos.
O Povo Online