
A assessoria de Ciro Gomes
afirmou que não comentará o assunto porque não houve notificação.
De acordo com o documento de
requisição, ao qual O POVO teve acesso, Eunício Oliveira buscou diretamente a
Polícia Federal para pedir a instauração do inquérito. No entanto, informado de
que o inquérito só podia ser iniciado a partir de requisição ministerial ou por
determinação judicial, o candidato recorreu ao Ministério Público Eleitoral.
Em sua decisão, o promotor afirma
que “a divulgação contra o Noticiado (Eunício) ou a expectativa da divulgação,
enseja, neste comenos, em sérios e irreparáveis danos à imagem do candidato,
pois o emprego neste momento demonstra inegavelmente o interesse político em
denegrir o candidato”.
Justiça
Em 25 de agosto, o juiz auxiliar
da propaganda do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-CE), Antônio Sales de
Oliveira, determinou, em caráter liminar, que o governador Cid Gomes (Pros),
Ciro Gomes, o governamentável Camilo Santana (PT) e os demais integrantes da
coligação “Para o Ceará Seguir Mudando” estão proibidos de proferir ofensas
contra o candidato ao Governo Eunício Oliveira.
A decisão partiu de representação
eleitoral com pedido de liminar interposta pela coligação encabeçada por
Eunício, “Ceará de Todos”, que acusa Ciro de fazer uso de palanque eleitoral
“para promover propaganda negativa de cunho ofensivo em desfavor de Eunício
Oliveira”.
Ciro
Apesar da decisão, na
quinta-feira, 4, durante visita da presidente Dilma Rousseff (PT) ao Ceará,
Ciro chamou Eunício de “ladrão”. Questionado, em entrevista, sobre detalhes da
denúncia, o peemedebista justificou: “Porque rouba”. Em seguida, voltou a
lançar suspeitas sobre o aumento patrimonial do adversário. “Ele passou de R$
36 milhões de fortuna pessoal, em 2010, para R$ 99 milhões, e a imprensa nunca
publicou isso”, disse, em meio a ataques a jornalistas presentes.
Redação O POVO Online