Uma das alegações das
organizações sociais que lutam por uma mudança profunda do sistema político
brasileiro, é a falta de democracia representativa no Congresso Nacional. Mulheres, jovens e negros acabam não
tendo a devida representatividade nas casas. Se forem comparados a quantidade de
mulheres que se tem na sociedade, e quantas estão no Congresso, percebe-se que
os números são desproporcionais. Mais da metade da população brasileira é
composta por mulheres, enquanto ocupam apenas 8% dos mandatos na Câmara dos
deputados e 2% no senado.
Nesse sentido, os movimentos sociais que constroem o plebiscito
popular pela constituinte defendem a garantia de instrumentos que possibilitem a aplicação da participação das
mulheres na politica.
Essa situação não difere se for comparada a
representatividade da população negra na politica Institucional . No Brasil, 51% se autodeclaram negros (as), segundo o Censo 2010 do IBGE. Porém, apenas 8% do total de parlamentares se
denominam como tal. Os jovens também não ficam de fora. Há mais de 80 milhões
de jovens entre 15 e 14 anos no pais , de acordo com o IBGE, ao representarem
42% do eleitorado. Entretanto, menos de 3% no Congresso Nacional se enquadram
nessa denominação.
Dentro desse contexto, as organizações sociais acreditam que o texto da reforma do
sistema eleitoral brasileiro precisa propor mecanismos para enfrentar essas sub-representação na politica. Alegam
que para ser de fato representativa, a politica deve trazer para o seu
seio setores da sociedade até então
afastados, Já que democratizar os espaços de poder seria tornar a politica mais
acessível e menos excludente.