Nepotismo foi o assunto mais
abordado na entrevista de Eduardo Campos (PSB), candidato à presidência da
República, no Jornal Nacional na noite desta segunda-feira 21. William Bonner
perguntou a ele três vezes sobre a indicação da sua mãe, Ana Arraes, ao
Tribunal de Contas da União. Patrícia Poeta questionou sobre a indicação de
parentes ao Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco quando Campos era
governador do Estado.
Ana Arraes tornou-se ministra do
TCU com votação do Congresso Nacional em 2011. Campos defendeu a indicação e
disse que ele atuaria para que fosse indicado o candidato do seu partido, seja
ele quem fosse. "Na hora em que ela saiu candidata, com apoio do meu
partido, se fosse outra pessoa, eu teria apoiado. Por que não apoiaria ela, que
tinha todos os predicados?” Bonner questionou se Campos não via nada errado no
empenho pessoal que teve ao ajudar sua mãe ao chegar ao cargo, ao que o
candidato respondeu secamente “não”.
Poeta questionou Campos sobre a
indicação de um primo da sua mulher para trabalhar no Tribunal de Contas do
Estado de Pernambuco. O candidato negou
tê-los favorecido. Em seguida, defendeu o fim de cargos vitalícios no
judiciário. “O Brasil deve fazer uma reforma constitucional para acabar com
cargos vitalícios que ainda existem na Justiça, é preciso ter os mandatos
também no Poder Judiciário, coisas que existem em outras nações do mundo, de
maneira a oxigenar os tribunais, garantir que esse processo de escolha seja um
processo mais impessoal."
Campos foi questionado também
sobre o seu excesso de promessas e o que faria em caso de posições divergentes
com a sua vice, Marina Silva. O candidato disse que sua única proposta é
“melhorar a vida do povo” e que tem um programa convergente com o de Marina.
Nesta semana, o programa faz uma
série de entrevista com os candidatos. A série começou com Aécio Neves, nesta
segunda-feira 12, e seguirá com Dilma Rousseff, na quarta 13, e Pastor
Everaldo, na quinta 14.
Fonte: Carta Capital

