"...Não vemos com bons olhos os políticos que usam e abusam da mídia oficial em proveito próprio..."
É preciso ser “rápido no gatilho” para corrigir um grave erro de redação. Quando afirmamos na postagem “Alô Dep. Sérgio Aguiar – Terminal Pesqueiro de Camocim”: que não vejo com maus olhos o político que toma para si a glória de uma obra, ato ou um feito que venha servir, verdadeiramente, para melhorar a vida da população... Queríamos na verdade dizer o contrário, e que não vemos com bons olhos os políticos que usam e abusam da mídia oficial em proveito próprio, como um verdadeiro culto à personalidade, divulgando de forma criminosa seus atos pessoais, e, de quebra ainda fazendo propaganda política com dinheiro público, fato que configura uma clara afronta ao princípio da impessoalidade, dentre outros, conforme exposto no art. 37 da nossa Constituição.
Vemos que a cada novo Prefeito empossado surge uma nova pintura nos prédios públicos. Até aí nada há de errado, se realmente houvesse a necessidade de pintura do bem público. Mas, infelizmente não é isso que ocorre. Os prédios são pintados somente para que sejam colocadas as novas cores da administração, que por sinal são as mesmas cores das bandeiras, dos logotipos do administrador quando este ainda era candidato. Esse hábito é uma forma criminosa de perpetuação subconsciente de um nome.
E nas inaugurações de obras públicas a batuta é a mesma, o político, com estrutura e dinheiro público, é capaz até de fazer chover. O foco é dirigido ao gestor muito mais do que à obra. Nossos políticos são criativos (maquiavélicos!), ou mal intencionados? Vejam o que estamos a testemunhar: A Prefeita de Camocim não colocou um tijolo no conjunto habitacional da Olinda e vem agora divulgar que aquela obra é fruto de sua gestão, quando todos nós sabemos que a obra é fruto do trabalho da gestão anterior.
Coincidência, ou não, amanhã (domingo 29.06.14) a Prefeitura Municipal estará doando motores de popa aos pescadores artesanais, mas a propaganda alardeia que a Prefeita está doando os motores e não a Prefeitura, como se o dinheiro fosse dela (Prefeita). O lado trágico é que todos no poder agem da mesma maneira, como se escravos fossem de uma cartilha maldita. Impessoalidade é não confundir o público com o que é pessoal. Impessoalidade é saber que o interesse público é totalmente diverso do interesse pessoal.
O homem não surgiu na Terra para dominar outro homem. Ao homem foi dado o poder de dominar os animais e não os seus semelhantes.
