Restará alguma honra no mérito ?
Com a anulação da sessão mais
polêmica das últimas décadas do Legislativo de Camocim, a que livrou o Serginho
das malhas da ficha suja, o que dirão os três vereadores que foram apontados
como traidores da "família 11", no caso de uma nova votação em aberto? Na época,
Mastrolhano foi para uma emissora de rádio afirmar categoricamente não ter sido
ele um dos benfeitores do deputado naquela votação. Emanoel Vieira procedeu da
mesma forma, muito embora, este, pouco tempo depois, tenha confessado o voto. O
Jeová nunca se manifestou publicamente sobre o assunto, no entanto, para amigos
e alguns eleitores, quando interrogado, negou ter votado a favor de Sérgio.
A polêmica retorna ao seu lugar
de origem e com os mesmo personagens, com a diferença do voto aberto, ou seja, os
quinze vereadores, conforme determinação da Justiça, deverão declarar
publicamente o voto em alto e bom som, para que todos no recinto saibam em quem
cada um votou.
Será uma oportunidade para os vereadores,
tido por traidores, desmentir quem tanto os acusou, ou poderá ser a cerimônia
de consagração do rótulo que lhes foram atribuído, uma espécie de carimbo definitivo de pertença ao
grupo “cara de pau”.
No ano passado, acompanhamos nos bastidores alguns
dos momentos do turbulento e angustiante evento durante alguns dias e horas que antecederam a
tragédia da oposição, no dia 12 de agosto (2013). Por exemplo, vimos e
ouvimos o Mastrô, o Jeová e o Emanoel determinados a votarem contra o Serginho,
até mesmo irritados com os boatos de
rua, que já sinalizavam um possível ato de traição (o que ocorreu).
Agora, como paira uma nuvem de
expectativa e curiosidade sobre o desenrolar do futuro próximo, fica a
interrogação: qual será o discurso de honra do Mastrô, do Emanuel e do Jeová
diante do fato novo?
Carlos Jardel