“Rola denúncias de compra e venda de votos de vereadores e manipulação procedimental para a desaprovação das contas”
Já ouviu falar de caso semelhante em sua cidade?
A Justiça anulou a
sessão da Câmara Municipal do Crato (Região do Cariri) que, em outubro de 2013,
desaprovou as contas de governo do ex-prefeito Samuel Araripe, relativas ao ano
de 2009. A decisão foi proferida pelo juiz de direito da 2ª Vara Cível do
Crato, José Flávio Bezerra Morais, que, em despacho, considerou que houve
“ferimento aos princípios constitucionais da ampla defesa e do devido processo
legal” e, ainda, “a possível mácula de ilegitimidade ocasionada pelas denúncias
de compra e venda de votos e manipulação procedimental para a desaprovação das
contas”.
Este último aspecto apresentado pelo magistrado na sua
decisão, refere-se às denúncias apresentadas acerca da negociação de votos para
a desaprovação das contas, com suposta participação direta do atual prefeito da
cidade, Ronaldo Gomes de Matos (PMDB). O fato, que foi denunciado pelo
Ministério Público Estadual, está sendo apurado pela Justiça e ficou conhecido
como o “Mensalinho do Crato”. Em decorrência dessa denúncia, inclusive, houve o
afastamento por 30 dias de cinco dos noves vereadores que integram a Câmara.
A desaprovação das contas pelos vereadores, inclusive, contrariou posicionamento do Tribunal de Contas dos Municípios, que em decisão do colegiado havia de pronunciado pela aprovação na íntegra de todas as contas do ex-Prefeito da Cidade.
VAMOS NÓS – Essa história do “Mensalinho do Crato”,
envolvendo o prefeito Ronaldo Gomes de Matos e vereadores, precisa ser melhor
explicada. O assunto deixa no ar uma suspeição enorme sobre as decisões do
Poder Municipal da cidade e do comportamento político do atual gestor.