
Entre os destaques evidenciados
na pesquisa é que 29,2% dos cearenses entrevistados gostariam de jogar na
loteria por meio de plataformas digitais, como as contas pré-pagas. No Nordeste
o índice foi de 21%. A falta de conhecimento dos consumidores em relação a
existência de contas e cartões pré-pagos faz com que tais ferramentas ainda
sejam poucos utilizadas. Conforme a pesquisa, 44,6% dos entrevistados no
Nordeste e 41,7% no Ceará disseram nunca ter ouvido falar sobre contas e cartões
pré-pagos e só 16,7% dos cearenses e 16,6% dos nordestinos usaram esses
mecanismos.
Razão
No Ceará, dos 83,3% que nunca
utilizaram o serviço, o principal motivo apontado foi o desconhecimento do
produto/serviço (50%). Já 20% disseram que não utilizaram por preferirem o
banco e 20% porque não querem pagar por recarga.
Em relação aos hábitos de consumo
dos cearenses quem tem pré-pago, 100% já utilizaram o cartão pré-pago para
compras, com 50% fazendo compras pela Internet. Já 50% dos entrevistados disseram
ter utilizado também para receber salários. Para o vice-presidente da Super,
Luiz Almeida, os números apontam um grande campo de trabalho para as empresas
do setor e confirmam a tendência da realização de transações cada vez mais por
meio eletrônico. "Com o cotidiano cada vez mais corrido, devemos oferecer
formas fáceis, rápidas e seguras de pagarmos e sermos pagos. Cresce rapidamente
o número de smartphones no Brasil, com isso, devemos estar preparados para
oferecer soluções pelo celular", afirma.
Terceira onda
Almeida acredita que o uso de
cartão pré-pago é tendência. "Primeiro veio o cartão de crédito. Depois,
quando foi lançado o cartão de débito, ninguém via sua utilidade. Agora estamos
na terceira onda, em que as pessoas podem ter acesso a uma conta simplificada,
pagando menos e com transações cada vez menos física". Nesse contexto,
oferecer diferenciais pode ser decisivo. "As pessoas ainda estão começando
a entender a diferença entre um cartão pré-pago tradicional, com o qual se pode
apenas sacar e pagar compras e as plataformas pré-pagas como a da Super, que
possibilita transferir dinheiro, recarregar celular, pagar contas pela internet
ou telefone e, até jogar nas loterias, entre outras funcionalidades", diz.
Inclusão
Conforme Almeida, com o uso do
cartão pré-pago, realizar transações pela internet, mandar e receber dinheiro,
além de fazer pagamentos ficou mais fácil, mesmo para quem não tem conta em
banco. "É também uma forma de inclusão, pois a pessoa é inserida no
contexto dos serviços financeiros sem necessariamente ter conta bancária".
Segundo ele, consumidores das classes C e D, jovens e profissionais autônomos
são os principais focos da empresa no Nordeste. "Temos 170 mil clientes no
País, o contingente do Nordeste representa 30% desse total.
Ângela Cavalcante
Repórter
Diário do Nordeste