"Em Camocim as vaquinhas também tem importância - elas colaboram com a limpeza pública e com a capina, além de renderem boas manchetes e trabalho para os paparazzi"
Pesquisadores da Argentina
desenvolveram um projeto para coletar, purificar e comprimir o gás metano
produzido pelas vacas e transformá-lo em energia. Os animais soltam gases por
causa da digestão. A pesquisa é do Instituto Nacional de Tecnologia
Agropecuária (Inta).
Essa alternativa poderia ser
usada como fonte de calor, para fazer funcionar aparelhos domésticos --uma
geladeira, por exemplo-- ou como biocombustível para carros. Ao mesmo tempo, o
projeto busca uma utilidade para os gases emitidos pelos bois e vacas, que
figuram entre os principais vilões do efeito estufa.
Segundo estimativas das Nações
Unidas, cerca de um sétimo das emissões de gases-estufa do planeta provém do
setor agrícola. A maior fonte é o metano emitido pelos animais (39% dos gases
agrícolas). Essas emissões subiram 11% entre 2001 e 2011.
Gases de uma vaca fazem
geladeira de 100 litros funcionar por um dia
O principal público-alvo dessa
pesquisa são os produtores rurais, que, muitas vezes, ficam em locais onde a
energia convencional não chega.
"Uma vaca emite cerca de
300 litros de metano por dia, que podem ser usados para colocar em
funcionamento uma geladeira de 100 litros de capacidade, a uma temperatura
entre 2ºC e 6ºC por um dia inteiro", afirma o pesquisador Ricardo Bualo.
Segundo divulgado no site do
Inta, o coordenador do projeto, Guillermo Berra, diz que "a quantidade de gases coletados varia
de acordo com o alimento ingerido e com o tamanho do animal; uma vaca adulta
emite cerca de 1.200 litros por dia, dos quais entre 250 e 300 são
metano".
Os pesquisadores sugerem uma forma
barata e prática de capturar os gases: uma espécie de mochila usada pela vaca,
com um tubo inserido no tubo digestivo para coletar o gás.
Projeto não causa danos aos
animais, diz veterinário
O projeto recebeu críticas de
pessoas e organizações em defesa dos direitos dos animais.
O coordenador do grupo e
veterinário Guillermo Berra afirma que o projeto não causa danos aos bois e
vacas. Segundo ele, a coleta dos gases é feita por meio de um tubo de 2
milímetros de diâmetro, colocado no animal com uso de anestesia local. A
mochila usada nas costas do bicho deve ter, no máximo, 500 gramas, declara
Berra.
"Esses animais levam uma
vida semelhante à do resto do grupo: consomem seus alimentos, se movimentam e
têm suas crias".
(Com AFP)
UOL
Do Revista Camocim
Já imaginou GCP, o quanto é precioso e prejudicial o "pum" de um animal destes. Quando acabar, os bichinhos, sequer, tem o direito de ter uma morte à sua altura e do desenvolvimento cientifico tecnológico. Terminam seus dias de vida sacrificados na moita... Que horror!
Carlos Jardel