PÁRA-RAIOS - SPDA: SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS
Nosso país possui a maior incidência de raios no mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), cerca de 70 milhões de raios atingem o Brasil todos os anos, uma média de duas ou três descargas elétricas por segundo.
Além de causar incêndios e grandes prejuízos econômicos, esse fenômeno representa também uma ameaça à população. Anualmente cerca 300 pessoas são atingidas por raios no Brasil, cerca de 100 acabam falecendo. Isso representa 10% dos óbitos relacionados a descargas elétricas em todo o mundo.
Os raios são fenômenos naturais aleatórios, imprevisíveis e comuns em regiões tropicais. Sendo o Brasil o maior dos países tropicais, é normal que ele seja o mais atingido.
No Ceara, em 2013, aqui na Região Norte do Estado, foi onde concentrou a maior incidência de descargas atmosféricas. Sendo 195.996 em todo Estado, segundo o Centro de Controle do Sistema (CCS), da Companhia Energética do Ceará (Coelce), que realiza o trabalho de monitorar as descargas atmosféricas no Estado. Somente na primeira semana de 2014, foram registradas no Ceará 4.563 descargas atmosféricas, nas chuvas da pré-estação.
Um raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre quando a rigidez dielétrica do ar é quebrada e cargas elétricas fluem diretamente da nuvem para o solo, ou vice-versa, produzindo diversos tipos de radiação eletromagnética, além de ondas sonoras, que são conhecidas como trovões. É como se fosse um curto circuito entre a nuvem e a terra. Existem raios entre nuvens e intra nuvem, porém somente os raios entre nuvem / terra nos interessam. Pois esses podem causar danos materiais ou matar pessoas.
A energia de um raio é variável, podendo atingir milhões de volts, dezenas a centenas de milhares de ampéres e milhões de hertz. O ar ao seu redor pode atingir 30.000ºC, tudo isso em média acontece em torno de 50 micro segundos.
A principal diferença entre relâmpagos e raios consiste no fato de que o termo relâmpago refere-se a qualquer descarga elétrica atmosférica, enquanto um raio é uma descarga que ocorre entre a nuvem e o solo. Por isso, pode-se dizer que todo o raio é um relâmpago, mas nem todo o relâmpago é um raio.
No dia 15 de junho de 1752, em meio a uma tempestade, o norte-americano Benjamin Franklin resolveu provar algumas de suas suposições científicas.
Este renomado inventor usou um fio de metal para empinar uma pipa de papel. Este fio estava preso a uma chave, também de metal, manipulada por um fio de seda. Franklin soltou o "brinquedo" junto com o filho e observou que a carga elétrica dos raios descia pelo dispositivo.
A perigosa experiência comprovou à comunidade científica da época que o raio é apenas uma corrente elétrica de grandes proporções.
Como cientista, voltado à praticidade e à utilidade de suas descobertas, Franklin demonstrou ainda que hastes de ferro ligadas à terra e posicionadas sobre ou ao lado de edificações serviriam de condutores de descargas elétricas atmosféricas. Estava assim, inventado o pára-raios.
Um pára-raios tem como objetivo encaminhar a energia do raio, desde o ponto que ele atinge a edificação até o aterramento, o mais rápido e mais seguro possível. E, ao contrário do que o nome dele sugere, o SPDA não pára o raio, não atrai raios e nem evita que o raio caia.
Sua função é proteger o patrimônio na edificação e as pessoas que estão dentro desta estrutura protegida, não sendo responsável, por exemplo, pela proteção de equipamentos, pois quanto a estes, são ligados na rede elétrica ou telefônica, estão plugados numa rede de fios externos à edificação que pode levar o raio para dentro da edificação. Nestes casos, os equipamentos eletroeletrônicos podem e devem ser protegidos por protetores eletrônicos, conhecidos no mercado como ‘supressores de surtos’. Eles são instalados nos quadros de energia e telefonia, bem como, perto dos equipamentos eletrônicos que se deseja proteger.
De modo geral os SPDA´s são dimensionados para proteger edificações de forma individual e a proteção fica restrita à edificação em questão. Não existem spda`s com grandes áreas de proteção. Assim, a proteção de áreas descobertas torna-se economicamente inviável. Na norma NBR5419 existe uma tabela definindo as proteções em função do nível de proteção.
Importante deixar claro que nenhum equipamento de segurança é 100% eficiente, exatamente por se tratar de um fenômeno aleatório. A sua eficiência é medida em função do nível de proteção adotado de acordo com a norma.
O lugar mais seguro para se estar em momento de chuvas intensas ou tempestades, é em casa, segundo especialistas. Já o lugar mais seguro para quem estiver ao ar livre é o interior de um automóvel. A estrutura metálica, ligada ao chão pelos pneus emborrachados, impede que os passageiros sejam atingidos.
Ao contrário do mito popular, as árvores não atraem raios. Apenas por serem a estrutura mais alta nas redondezas de onde o raio decidiu cair, torna-se o ponto com mais probabilidade de ser atingido, encurtando assim a distância entre a nuvem e o solo.
Portanto, agora, um pouco mais esclarecidos sobre este assunto, estejamos mais atentos e sabedores que um raio, cai SIM, duas vezes no mesmo lugar.
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