LEITOR FALA SOBRE ATENDIMENTO NO HOSPITAL DEPUTADO MURILO AGUIAR
Peço licença aos leitores para
relatar um episódio acontecido com minha pessoa, como paciente do HOSPITAL DEP.
MURILO AGUIAR DE CAMOCIM na última terça-feira (18), farei o relato para chamar
atenção das autoridades competentes, como uma maneira de desabafar e por ter
convicção que o meu caso, infelizmente, não foi um caso isolado.
Cheguei por volta das 16h50 no
Hospital e como meu filho estava com febre muito alta há uma semana, fui
imediatamente atendido por um médico, (pediatra). Atendimento feito e encaminhado
para a realização de exames na manhã do dia seguinte.
Após às 8 (oito)da manhã, do dia
19 (Dia de São José, feriado em nossa cidade) os exames foram coletados por um
técnico em enfermagem no qual, para minha tristeza, não sabia informar a hora
que o bioquímico do hospital, que estava de “plantão” chegava ao mesmo, mais
avisaram que tentariam ligar pra ele, e que era pra eu voltar por volta de
10h30min do mesmo dia.
No entanto, voltei ao hospital,
como já estava combinado, chegando lá o enfermeiro chefe me veio com uma
resposta pedindo que eu voltasse à tarde, pois nem um vivente apareceu para fazer os
exames muito menos o responsável por eles (que estava de plantão''em casa”). Minha esposa , por volta das 16h30min, voltou outra vez ao HOSPITAL MURILO AGUIAR
para receber os difíceis exames, mas um outro enfermeiro respondeu com clareza
que era feriado e feriado o laboratório não abre e pronto.
Pois bem, por volta das 17:00
horas voltei ao hospital não suportando assim o descaso, procurei o enfermeiros
chefe que todo mundo sabe quem é, sem sequer olhar o prontuário do meu filho,
Respondeu a minha indagação de que tinha muita coisa a fazer. Na realidade ele
estava afirmando que apesar de terem mandado os exames com urgência nada seria
feito. Questionada, a recepcionista disse ter ligado para o plantonista que
estava em casa e o seu celular estava desligado ou na caixa postal,ou seja,
indisponível e a recepção claramente informou que sequer poderia dar uma
previsão.
DE ACORDO COM A RESOLUÇÃO CREMESP
Nº 74, 25/07/1996:
Artigo 2º Define-se como plantão
de disponibilidade de trabalho, a atividade do médico que permanece à
disposição da Instituição, cumprindo jornada de trabalho pré estabelecida, para
ser requisitado por intermédio de "Pager", telefone ou outro meio de
comunicação, tendo condições de atendimento pronto e pessoal.
Por fim, depois de uns 30 min. de
verdades ditas aos mesmos, mostrando que os responsáveis pela saúde pública são
pagos com dinheiro do povo para servir o povo, exercendo assim os meu direito
como cidadão. Não passaram 10 min. e apareceu o plantonista omisso se
desculpando e dizendo que se não for emergência morre. Desinformado ele! Que o
requerimento era emergência sim!
Deixei o hospital com os exames
após muita luta uns 20 min. depois, muito rápido quando realmente empenhados.
Isso só mostra a falta de interesse e responsabilidade dos funcionários desta
unidade em ajudar a população, pois muita gente não tem o saco e nem coragem de
gritar ou falar verdades a quem merece de fato.
Fica aqui o meu desabafo e a
torcida para que episódios como esse não se repitam mais.
Em tempo: meu filho já está
melhor, está sendo medicado, foi a recomendação do Dr. pediatra que nos recebeu
muito bem. Eu agradeço a atenção dos leitores, acho eu que o hospital como
sendo referencia para os municípios vizinhos deveria ter uma postura ética e
correta e apurar o acontecido e o mais importante, evitando que novamente se
repita.
LEMBRANDO QUE:
Estar informados sobre os nossos
direitos é fundamental, pois somente assim poderemos lutar e fazer com que eles
sejam realmente respeitados. O Art. 196 da Constituição Federal, lei maior de
nosso país, diz:
“A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário
às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
Por meio do Sistema Único de
Saúde – SUS, todo cidadão brasileiro tem direito a realização de exames,
internações, consultas, tratamentos e acessos aos medicamentos.
Viver com dignidade é, sobretudo,
viver com a certeza de que seus direitos serão respeitados e garantidos. Lute
por eles. Informe-se!
Whelton Mourão Siqueira