
“A hipótese de renúncia será colocada a um coletivo, não
para uma candidatura própria minha, mas para que a gente tenha o Ciro como
alternativa ao Legislativo”, disse Cid. Apesar disso, o governador destaca que
decisão não será tomada sozinha.
“Nunca foi meu estilo tomar decisões sozinho, vou
apresentar a hipótese de renúncia, pesar prós e contras. (...) Sou capaz de
colocar acima do meu interesse pessoal o interesse coletivo”, diz, destacando
PT como “aliado prioritário” no processo.
O governador disse ainda necessitar de “uma pausa” em sua
militância política, afirmando que não pretende disputar eleição neste ano. “O
Ciro é um quadro que tem de estar disponível”, defendeu. Apesar do apoio do
irmão, Ciro negou ter interesse em concorrer a qualquer cargo.
PT no Governo
Na manhã de ontem, membros de seis correntes do PT se
reuniram com Cid para debater sucessão. Se antes apenas grupo de Luizianne Lins
defendia candidato petista ao governo, possibilidade da renúncia já fez três
outras correntes demonstrarem interesse em discutir candidatura do PT à
sucessão estadual.
Líder do grupo majoritário e pré-candidato a senador,
José Guimarães minimizou fala do correligionário. “Meu grupo defende
candidatura do PT ao Senado, mas isso só será discutido no encontro do dia 29.
Até lá, fica certa unidade pela aliança”. Os grupos de José Airton e Ilário
Marques também fecham com Guimarães.
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Segundo decisão do TSE de 2005, candidatura de Ciro só é
possível caso Cid se afaste do cargo até 5 de abril, seis meses antes da
eleição. Lei Complementar 64/1990 proíbe que parentes de Cid se candidatem no
Estado, salvo caso de reeleição. Mesmo com renúncia de Cid, seus parentes não
podem se candidatar ao cargo de governador do Ceará.