Obras de infraestrutura
relevantes para a economia estadual e regional estão paradas ou em ritmo lento.
É o que se constata na construção de viadutos em Tianguá, e nas obras da BR-222
(trecho Itapajé) e Ponte Juscelino Kubitschek, em Aracati. No caso da BR-222, o
prazo para conclusão estourou em 2012. Já os viadutos em Tianguá estão parados
desde 2008. E a Ponte Juscelino Kubitschek, na BR-304, não avança desde 2011.
Os investimentos nas três obras somam mais de R$ 320 milhões, mas não há prazos
definidos para conclusão.
Diário do Nordeste
No trecho entre Umirim e
Itapajé, considerado pelos motoristas como o mais crítico, o Dnit informou que
se encontra em obras de restauração com trafegabilidade precária.
Em Tianguá é que se encontra a
obra mais crítica, a duplicação da rodovia e construção de passarelas e
viadutos, parada desde 2010, após escândalo com a construtora Delta.
A obra foi
iniciada em 2006 e está abandonada há quatro anos. Essa não foi a primeira
parada. Em a nos anteriores aconteceram duas pausas. Orçada em R$ 41,3 milhões,
o projeto inicial previa a construção de dois viadutos, duas passarelas e a
duplicação de seis quilômetros no acesso leste. Hoje o trecho se encontra com
desvio por conta de obras de duplicação, mesmo paralisadas. O viaduto que está
incompleto faz parte do projeto, assim como uma passarela. Na pista, há buracos
e poeira no entorno dos viadutos. A obra tinha previsão de entrega em 2008.
De acordo com o chefe de
Gabinete da Prefeitura de Tianguá, Mariano Diniz, o que mais tem prejudicado a
cidade com a obra parada foi o início da terraplanagem, que desmatou e retirou
a pavimentação ao lado da rodovia em três bairros. "Muita poeira, incômodo
e dinheiro jogado fora, porque o serviço já foi feito duas vezes e como não há
continuidade acaba se perdendo", destaca ele. A Prefeitura pleiteia verba
junto a União para finalizar o projeto.
A Ponte Juscelino Kubitschek
aguarda conclusão há quase 12 anos. Iniciada em 2002 com orçamento de R$ 33
milhões e previsão para entrega em 18 meses, teve várias paralisações devido a
escândalos envolvendo a Delta. Depois de muito tempo parada e com o afastamento
da empresa responsável, uma nova licitação em 2006, orçada em R$ 29,9 milhões,
foi liberada e uma nova construtora ficou responsável. A primeira etapa só veio
a ser liberada, ainda incompleta, após pressão dos motoristas, que reclamavam
dos transtornos registrados no trecho durante o feriadão de réveillon de 2010
para 2011. A faixa foi então liberada para tráfego antes do carnaval daquele
ano. De lá pra cá, a obra da Ponte JK esta parada, faltando ainda 30% para
conclusão.