
O motivo é que o PT já sinalizou que pretende
reocupar a presidência da comissão, que em 2013 provocou polêmica com projetos
apresentados por Feliciano, apontados como de caráter homofóbico. O PT, porém,
terá de enfrentar o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que manifestou interesse
em presidir a comissão.
Além do interesse do PT em reocupar o posto -
o partido tem preferência em indicar nomes por ser a maior bancada da Casa -
outro motivo para a desistência da bancada evangélica é que a cúpula da Casa
pretende desmembrar a comissão de Turismo e Desporto em duas, o que possibilita
que o PSC presida uma comissão.
"É bom que o PT esse ano dê prioridade a
essa comissão. O ano passado não deu", disse o líder do PSC, André Moura.
Ele, porém, não revelou se o PSC prefere PT ou PP no comando da comissão.
"Se for o PT, vamos respeitar a indicação do PT, mesmo que for alguém contrário
ao Marco Feliciano. Se recair ao PP, vamos apoiar a indicação do Bolsonaro do
mesmo jeito", disse.
Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 6, ter o
amplo apoio de seu partido para indicá-lo à presidência da comissão e o
respaldo da bancada evangélica. "Vou compor com o Feliciano", avisou.
Para o deputado, o controle da comissão pode dar ao PP a mesma
"visibilidade" que o PSC ganhou com a turbulenta gestão do pastor.
O POVO