
Somente no dia 20 de dezembro, o
paciente obteve alta, após ter sido avaliado minuciosamente pelo médico
plantonista do dia, o qual inclusive trocou a faixa de crepom que havia sido
utilizada na imobilização pós operatória, bem como informou a família sobre as
condutas a serem seguidas e os cuidados gerais com o paciente, tendo ainda
fornecido receituário médico compatível com o quadro do paciente. No dia 21 de
dezembro, o paciente retornou ao HEDA com um quadro de gangrena gasosa no
membro acometido, conforme ficha de atendimento, o que possivelmente foi
ocasionado por alguma bactéria, sendo mais comum as do tipo Clostridium
perfringens, facilmente encontradas no solo, na areia. Imediatamente os médicos
do HEDA adotaram os procedimentos médicos adequados na tentativa de controlar a
infecção com o uso de antibiótico venoso de amplo aspectro, todavia ao
detectarem que o todo membro superior direito do paciente já estava em estado
avançado de infecção comprometendo o membro por completo, comunicaram a família
que, para evitar que a infecção se espalhasse pelo corpo e desenvolvesse sepse
(infecção generalizada), o membro deveria ser amputado como conduta de
salvamento da vida do menor, o que foi feito com expressa autorização da
família.
Entende-se necessário esclarecer
em especial que após o procedimento cirúrgico relativo a luxação exposta, a
imobilização do membro não foi realizado por meio de gesso fechado, mas tão
somente com uma tala gessada fixada ao membro com atadura de crepom, bem como
esclarecer que as condutas cirúrgicas não foram atos isolados do Dr. Vitor
Carneiro, mas sim de uma equipe médica, o que se constata pela análise dos
prontuários do paciente, em que consta parecer médico de 08 ortopedistas deste
nosocômio. O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde solidariza-se com a dor que a
família passa no momento, mas, no entanto, ressalta que todos os procedimentos
realizados no paciente foram feitos em consonância com os padrões
técnico-éticos médicos, bem como reitera o compromisso em atender com
responsabilidade, eficiência e qualidade os seus pacientes.
Parnaíba, 05 de janeiro de 2014.
DRA. CLARA FRANCISCA DOS SANTOS
LEAL
DIRETORA GERAL DO HEDA