ASSOCIAÇÃO CATÓLICA VAI AO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA PORTA DOS FUNDOS - Revista Camocim

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

ASSOCIAÇÃO CATÓLICA VAI AO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA PORTA DOS FUNDOS

A Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família entregou na segunda-feira, 13, uma representação criminal contra o grupo Porta dos Fundos ao Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro.

 A entidade católica encarou o especial de Natal, publicado em 23 de dezembro de 2013,  como uma ofensa as "garantias e princípios constitucionais, mormente o princípio de tolerância e respeito à diversidade".

 O vídeo, que é um apanhado de sátiras de histórias da Bíblia, ganhou a ira de religiosos, tanto de católicos como evangélicos. "O sentimento religioso deve ser respeitado. Não só católicos, mas nossos irmãos protestantes se sentiram aviltados", explicou Paulo Fernando Melo, advogado e integrante da Associação.

 Em resposta ao trabalho, o pregador e missionário católico Anderson Reis também difundiu um vídeo em sites cristãos e no Facebook, onde convocava os insatisfeitos a assinarem uma petição on-line para solicitar ao Grupo Petrópolis, detentor da marca de cerveja Itaipava, que retire o patrocínio ao grupo. Também incentiva todos a entrarem no site da Polícia Civil do Rio de Janeiro para registrar uma queixa contra crime de preconceito e ódio à religião.

 A representação a ser encaminhada ao Ministério Público alega que a liberdade de expressão "não pode ser utilizada como um escudo para atividades ilícitas e nitidamente tipificadas em nosso Código Penal, in casu, o vilipêndio público de ato ou objeto de culto religioso". E justifica com o fato de que, no vídeo de Natal, o grupo ridiculariza dogmas cristãos.

 "Qual a intenção do grupo de fazer tal vídeo e publicá-lo na antevéspera do Natal? Não está clara a intenção de tripudio e escárnio? Cada segundo do vídeo é uma afronta das mais comezinhas à fé cristã e a todos aqueles que são fiéis ao Cristianismo, perfazendo em cada um dos seus dezesseis minutos e quarenta e dois segundos, uma sucessão de escárnios, zombarias, tripudios e vilipêndios", diz trecho da representação assinada por Hermes Nery, diretor de imprensa da associação.

 Para a entidade, o grupo deve ser enquadrado no artigo do Código Penal que trata do crime contra o sentimento religioso.


Redação O POVO Online