
A entidade católica encarou o especial de
Natal, publicado em 23 de dezembro de 2013,
como uma ofensa as "garantias e princípios constitucionais,
mormente o princípio de tolerância e respeito à diversidade".
O vídeo, que é um apanhado de sátiras de
histórias da Bíblia, ganhou a ira de religiosos, tanto de católicos como
evangélicos. "O sentimento religioso deve ser respeitado. Não só
católicos, mas nossos irmãos protestantes se sentiram aviltados", explicou
Paulo Fernando Melo, advogado e integrante da Associação.
Em resposta ao trabalho, o pregador e
missionário católico Anderson Reis também difundiu um vídeo em sites cristãos e
no Facebook, onde convocava os insatisfeitos a assinarem uma petição on-line
para solicitar ao Grupo Petrópolis, detentor da marca de cerveja Itaipava, que
retire o patrocínio ao grupo. Também incentiva todos a entrarem no site da
Polícia Civil do Rio de Janeiro para registrar uma queixa contra crime de
preconceito e ódio à religião.
A representação a ser encaminhada ao
Ministério Público alega que a liberdade de expressão "não pode ser utilizada
como um escudo para atividades ilícitas e nitidamente tipificadas em nosso
Código Penal, in casu, o vilipêndio público de ato ou objeto de culto
religioso". E justifica com o fato de que, no vídeo de Natal, o grupo
ridiculariza dogmas cristãos.
"Qual a intenção do grupo de fazer tal
vídeo e publicá-lo na antevéspera do Natal? Não está clara a intenção de
tripudio e escárnio? Cada segundo do vídeo é uma afronta das mais comezinhas à
fé cristã e a todos aqueles que são fiéis ao Cristianismo, perfazendo em cada
um dos seus dezesseis minutos e quarenta e dois segundos, uma sucessão de
escárnios, zombarias, tripudios e vilipêndios", diz trecho da
representação assinada por Hermes Nery, diretor de imprensa da associação.
Para a entidade, o grupo deve ser enquadrado
no artigo do Código Penal que trata do crime contra o sentimento religioso.
Redação O POVO Online