DIFERENTES FORMAS COMO OS ELEITORES ENCARAM 2014 - Revista Camocim

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DIFERENTES FORMAS COMO OS ELEITORES ENCARAM 2014

Articulações, projetos, promessas, estratégias de marketing e muitas conversas de bastidores. São vários os fatores que fazem de uma eleição evento com características peculiares e de impactos certos na vida de cada cidadão. Em 2014, uma série de elementos serão agregados aos já existentes. Mas, em meio a todos os cenários e possibilidades, é o voto de cada cidadão que decide os rumos de todos os demais. 

 Por isso, O POVO conversou com quatro eleitores, de diferentes perfis, para saber o que eles esperam de 2014, na perspectiva de um ano eleitoral. Dos discursos, emergem importantes sinalizações que terão de ser bem observadas por aqueles que pretendem pleitear a um mandato no próximo ano, seja na esfera local ou nacional. Desejos e cobranças de um eleitor que, aos poucos, vai se tornando mais exigente e ciente da importância do voto.

O clima não é dos mais otimistas. Mesmo com toda a agitação política vista em 2013 – e que deve se repetir no ano que se inicia – há descrença de que a próxima eleição marcará o início de novos tempos na política local e nacional.

Várias citações vão no sentido de que antigas e danosas práticas políticas vão permanecer sem grandes alterações. Alguns duvidam, também, que os protestos que tendem a ocorrer novamente durante a Copa do Mundo terão força suficiente para provocar efeitos práticos na eleição.

Mas, talvez o mais importante seja tentar entender a crítica desses eleitores, para tentar projetar e cobrar saídas. No âmbito local, denota-se que a questão da segurança pública é latente e que é esse o tema a estar no centro das atenções, não só durante a campanha, mas principalmente durante o próximo governo. Medo coletivo que se explica pela disparada da violência nos últimos anos. O gráfico Paulo César Carneiro relata uma sensação de desconfiança o invade cada vez que sai na rua.

O Legislativo também está no centro das críticas. “Os deputados da base aliada são subservientes ao Governo. Assim a população fica desacreditada. Eu vou acreditar em quem?”, questiona-se o educador Sérvulo Liberato, que pede também mais transparência nos gastos públicos. “Na Assembleia e na Câmara, quase todos são base aliada e isso vai maquiando nossos defeitos”, concorda o empresário Fernando Caldas.

Fora isso, demandas históricas como saúde e educação são também citadas e certamente terão espaço importante na eleição que se aproxima.

"O clima não é dos mais otimistas. Mesmo com toda a agitação vista em 2013 – e que deve se repetir no ano que se inicia – há descrença de que a próxima eleição marcará o início de novos tempos"

"No âmbito local, denota-se que a questão da segurança pública é latente e que é esse o tema a estar no centro das atenções, não só durante a campanha, mas no próximo governo"

O POVO