O Calçadão da Avenida Beira Mar de Camocim, doente e maltrapilho, vem recebendo do governo municipal um tratamento indigno de sua razão existencial, que seria prover o complemento da paisagem do estuário do Rio Coreaú, através da estreita relação entre a engenharia humana e a natural. No tocante ao natural, arquitetado pelas mãos divinas, observa-se que está tudo OK! Temos o rio, as dunas vistas do lado de cá, manguezais, o pôr do sol, um verdadeiro espetáculo da mãe natureza. Já no que diz respeito a parte humana, temos um calçadão maltrapilho, remendado, placas enferrujadas, esburacado sob a luz de abaju.
Hoje, a "mostra RC" apresenta os remendos do calçadão. Horroroso! Ao invés da reposição das pedras portuguesas, prezando pela originalidade e beleza do patrimônio, a prefeitura adota a politica do "tornar feio o que antes era bonito" ao aplicar areia e cimento nos buracos existentes, provocados pela força da maré.
ALFINETADA
Já os usuários viciados ao liquido oleoso da peroba, que roboticamente aplaudem as ações do G.M, são velhos quadrupedes da militância oligárquica legitima, servos abobalhados que se prestam ao imundo papel de venerar a secreção que escorre das "ventas" de seus donos. Eles não imaginam suas vidas na decência, pelo fato de que no paraíso fedorento onde sempre viveram, esta matéria, propositalmente, sempre foi sucumbida.
Carlos Jardel
