
Raízes históricas e culturais que envolvem a
deficiência sempre foram marcadas por rejeição, discriminação e preconceito. E diante da ineficiência do Estado em promover políticas públicas sociais que
garantam a inclusão dessas pessoas, surgem famílias empenhadas em quebrar
paradigmas e buscar soluções alternativas para que seus filhos com deficiência
intelectual ou múltipla, alcancem
condições de serem incluídos na sociedade, com garantia de direitos como
qualquer outro cidadão.
Partindo de uma política de
inclusão social, o governo federal quer que os deficientes estejam no mercado
de trabalho e na sociedade de igual para igual. Por isso, eles acabaram com as
escolas existentes nas APAES. Agora, a APAE funciona como um Centro de
Atendimento Especializado. Isso prejudicou um pouco a situação dos deficientes,
principalmente porque as escolas municipais e estaduais não têm uma estrutura
física e profissional para acolher a todos.
Os atendimentos especializados
da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais-APAES, funcionam como uma
medida de suporte aos deficientes que estão matriculados na rede regular de
ensino. Para fazer parte da APAE, o ideal é que o usuário esteja matriculado em
alguma escola. Mas não fechamos a nossa porta para as pessoas que não
frequentam uma rede de ensino, pois muitas vezes as mães não têm condições de
levá-los às aulas, e as escolas não proporcionam a atenção básica que eles
merecem. Essas pessoas não podem pagar por isso.
As APAES atendem pessoas que
sejam economicamente carentes.
São oferecidos serviços, psicológicos,
psicopedagógicos, fisioterápicos, fono-audiológicos, terapias ocupacionais
nutrição, assistência social, jurídica e serviços odontológicos.
A APAE acredita que os
leitores não sabem da situação da
Pessoas com Deficiência Intelectual e Múltipla no município de Camocim–CE.
Segundo dados recebidos pelas Secretarias de Educação e de Saúde do município,
temos em média registrados e com lados médicos, apenas 116 alunos com
deficiência, o que não é a realidade do município, sabemos que existem mais que o dobro desse
número de crianças, adolescentes e adultos com deficiência no geral, que não são assistidos, devido a vários
fatores: Como: Falta de informação, dificuldade de locomoção, pobreza e acima de tudo, PRECONCEITO.
Por essa soma de fatores,
vimos oferecer atendimento durante os meses
letivos a 57 usuários e suas famílias, em situação de risco e vulnerabilidade
social, com quatro horas de atividades diárias no contra turno escolar
realizando atividades lúdicas e
educacionais para a pessoa com deficiência, com oficinas de arte, futsal
adaptado, hidroterapias, expressão
corporal, atendimento psicopedagógico,
psicológico, fisioterápicos, odontológicos, assistência social e jurídica e
orientações às famílias quanto ao desenvolvimento profissional e motor de seus filhos como
as necessidades observadas.
A APAE Camocim, acredita que
não é apenas a complementação de renda ou a doação de cestas básicas mensais e
roupas para as famílias carentes que permite melhor qualidade de vida dessas
pessoas ainda tão marginalizadas pela comunidade.
Existimos a exatamente,
dois anos no município e hoje nos sentimos “Barrados” pela burocracia, não recebemos
ajuda do município, estado ou governo federal, sobrevivemos da doação de menos
de 30 empresários locais, nossos colaboradores são totalmente voluntários e
nossa realidade é uma fila de espera de 57pessoas com deficiência, (esse número só tende a crescer), Não sabemos mais como assisti-las, precisamos
que os olhos dos gestores, vereadores, defensória pública profissionais de
saúde e educação e sociedade como um todo
se voltem a nossa causa, não podemos decepcionar famílias inteiras que
acreditaram em nosso trabalho.
É dever e obrigação do governo
cuidar da população de modo geral e em todos os aspectos.
Por tanto Camocim: “ Doe um
pouco de você!!!! Ajude a APAE de sua cidade Crescer”
Francinete Fernandes
Coordenadora de Projetos Sociais
APAE-Camocim