
“Uma pessoa me perguntou, de
jeito provocador, se aprovava a homossexualidade. Respondi com outra pergunta:
‘Diga-me: quando Deus olha para um homossexual, ele aprova a existência dessa
pessoa com amor ou a rejeita e a condena?’ Devemos sempre considerar a pessoa.”
O Pontífice criticou também os
religiosos que pregam constantemente sobre o aborto, casamento gay e controle
de natalidade. “Não é necessário falar sobre essas questões todo o tempo. Os
ensinamentos morais e o dogma da Igreja não são equivalentes. O ministério
pastoral não pode ser obcecado com a transmissão de uma gama de doutrinas
desconectadas a serem impostas com insistência.”
Segundo Francisco, sua
primeira missão é mudar a atitude da Igreja. “A Igreja algumas vezes se apega a
coisas pequenas, regras de mentes fechadas. O povo de Deus quer pastores, não
clérigos que atuem como burocratas ou funcionários do governo.”
Francisco declarou que a
Igreja deve ser “uma casa para todos”, e não “uma pequena capela” concentrada
na doutrina. O Pontífice afirmou ainda que nunca foi de direita e que as
mulheres devem ter um papel maior nas decisões da Igreja.
A entrevista (leia na íntegra,
em inglês) ocorreu durante três encontros em agosto, nos aposentos espartanos
de Francisco na Casa Santa Marta, uma hospedagem do Vaticano para religiosos.
As informações são do jornal O Globo.
Redação O POVO Online