Marcelina Gomes Teixeira, 18
anos e seis meses de profissão, levou o título deste ano e os prêmios deste
ano: R$ 1.200 em dinheiro, além de R$ 350 em vales-compras, e presentes de uma
loja do centro da cidade. Ela venceu outras nove candidatas.
"Não anuncio em jornal.
Tenho os meus contatos", diz a miss, e revela um pouco mais sobre si
mesma: mora com a avó, não gosta de música, não vê cinema, nem costuma navegar
na internet --"Não ligo muito para essas coisas, não", afirmou em
entrevista ao UOL.
Apresentado por Elke
Maravilha, a disputa tem como lema "Por dignidade, autonomia e cidadania.
Um mundo sem violência e preconceito para as prostitutas é a nossa luta!"
O concurso é organizado pela
Associação das Prostitutas de Minas Gerais e segundo a presidente, Maria
Aparecida Vieira, ele tem um caráter político, "para chamar a atenção para
a regulamentação da profissão".
"O Miss Prostituta é para
denunciar a violência. Na hora de trabalhar, a prostituta não é mulher. A lei
Maria da Penha não protege a prostituta na hora do trabalho. Isso não existe. A
lei só existe quando somos mulheres", disse ao UOL.
