Estimado em 8%, o reajuste deve ser concedido em 21 de outubro, quando
será realizado leilão de exploração do Campo de Libra (SP), na área do Pré-Sal
O Governo federal deve conceder um novo
reajuste no preço da gasolina até 21 de outubro. A data é estratégica para o
Palácio do Planalto - neste dia, o primeiro leilão do campo de petróleo e gás
natural da camada de pré-sal em Libra (SP) será realizado pelo Governo. Segundo
apuração, o desejo de parte da equipe econômica é que o preço da gasolina seja
elevado em cerca de 8% nas refinarias até o leilão.
Como o leilão será feito sob o
regime de partilha, a Petrobras será a operadora com 30% de participação mínima
em todos os blocos que forem adquiridos por companhias privadas. Diante das
dificuldades de caixa e o ambicioso programa de investimentos que a empresa
precisa tocar nos próximos anos, o reajuste da gasolina seria um “sinal
importante” ao mercado. O argumento tem sensibilizado o Planalto, mas ainda não
há definição quanto ao momento exato para a concessão.
Com o reajuste, a situação
financeira da estatal imediatamente melhorará, uma vez que ela poderá repassar
para o mercado interno o combustível adquirido do exterior a um preço maior do
que vem fazendo desde janeiro. O reajuste nos preços já foi solicitado
formalmente pela Petrobras, e serviria para reduzir a diferença entre o custo
do combustível comprado pela estatal no exterior e aquele vendido nos postos de
gasolina no Brasil.
O aumento do consumo nos
últimos três anos tem infligido a estatal com um pesado custo financeiro nas
operações de comércio exterior, com impacto na balança comercial brasileira. O
recente salto do dólar agravou a situação. A estatal perde cerca de R$ 1 bilhão
por mês com a operação. A participação da empresa no leilão em Libra deve
exigir cerca de R$ 4,1 bilhões (ou US$ 2 bilhões), estimou o departamento
econômico do HSBC.
O martelo está batido, em
Brasília, quanto à necessidade de um aumento. Mas segmentos do Governo defendem
que o reajuste seja postergado ao menos até o fim do ano, ou mesmo que seja
concedido apenas em janeiro de 2014. O principal argumento é a inflação. (Da
Agência Estado)
