Para os 08 (oito) vereadores da oposição, Sérgio Aguiar era um ficha suja e se dependesse deles continuariam com o titulo. Agora, a voz do povo nas ruas é questionadora: quem foram os traidores? Será que eles terão a coragem e a honradez de se declararem publicamente?
A principio me revestirei dos mesmos argumentos que a injuria popular, por hora, aplica neste contexto repleto de polemicas e duvidas, crendo na hipótese mais cruel e indicativa da falta de caráter nos vereadores que golpearam a si próprios, numa sumária execução de valores éticos e princípios ideológicos, cujos últimos resquícios foram depositados na lastimosa urna que comportou o voto da imoralidade dos edis. Imoral sim, pois faltou honestidade, e quando falta honestidade é por que é grande a falta de caráter, muito embora o ato de se votar tenha sido democrático, porém a escolha entre o SIM e o NÃO era fruto de uma discussão ideológica, tratada e mantida por um comportamento de homens compromissados com o propósito por eles escolhidos, de livre arbítrio. O que se via, horas antes, era um clima de plena harmonia entre os oito vereadores pertencentes à oposição, rejeitando a mais insignificante hipótese de traição, de forma que, todo e qualquer questionamento, neste sentido, era encarado com a mais rigorosa rechaça. Até um almoço entre os oito oposicionista, na tarde que antecedeu o ocorrido, teria sido um tipo de simbologia, escolhida para definir o momento estável e harmonioso vivido pelo grupo, antes do golpe das dezenove horas, algo que foi sem dúvidas uma mostra grátis da inútil capacidade politica de quem se restringiu a futilidade diante da chapa de votação, servindo apenas para atiçar o fogo da opinião pública que, apesar da obscuridade dos fatos, consegue ler com exatidão nas entrelinhas o que tentam esconder sobre o manto da hipocrisia.
Agora, cabe aqui a observação sobre o efeito do resultado da votação. Será que isso limpou o nome de Sérgio Aguiar? Encerrou-se o questionamento sobre sua integridade pública administrativa? Obviamente que NÃO, pois, nestas circunstancias, os vereadores não representam a vontade popular, a voz do povo nas ruas contradizem a decisão de ontem, que foi apenas uma votação carregada de interesses partidários, como sempre é, sem reserva alguma, que limpou o que não se esperava e sujou os que se arriscaram na limpeza.
Carlos Jardel
