
Imagino que os poetas e intelectuais já escreveram e proferiram todas as belas palavras para homenagear as mães, e seria de minha parte, iletrado que sou, uma ousadia e tanto, almejar tal feito. Porém, não vou tomar emprestadas as celebres frases já ditas e escritas. Vou me conter ao abraço silencioso e profundo; ao mágico e carinhoso beijo na testa, vou declinar minha cabeça sobre o afetuoso ombro consolador e revigorante. Vou procurar ouvir com mais atenção o tom da serena voz dizendo em oração
" Deus te abençoe meu filho!" Vou deitar no colo de minha mãe e, silenciosamente, enquanto recebo os afagos, mergulhar voluntariamente nas lembranças e me deixar levar, sem restrições, pelas emoções que certamente brotarão ao visualizar algumas vezes de minha vida, em que a presença marcante de minha mãe foi meu guia, razão de ir e vir e o meu eterno porto seguro.
Dona Antônia Batista dos Santos, seu rebelde filho, que parece ainda não ter crescido o suficiente, tem as melhores lembranças da vida ao seu lado. Eternamente, será você a minha maior inspiração.
Te amo.
Carlos Jardel