DEMOCRACIA - QUE FARSA É ESSA?‏ - Revista Camocim

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sábado, 13 de abril de 2013

DEMOCRACIA - QUE FARSA É ESSA?‏


"Política e politicalha não se confundem, não se parecem, não se relacionam, antes se negam, se repulsam mutuamente. A política é a higiene dos países moralmente sadios. A politicalha, a malária dos povos de moralidade estragada". Com esta frase do imortal Rui Barbosa, tento aqui fazer uma leitura sociopolítica, atrevida e questionadora, sobre a situação calamitosa em que se encontram muitos municípios brasileiros, logo após o último pleito eleitoral no final de 2012. 


O que deveria ser a grande festa da democracia, o momento mais importante de exercício de nossa cidadania e da legítima participação popular, hoje se apresenta em nosso país como a mais escandalosa farsa do sistema republicano, a legitimação dos interesses de uma minoria política que detém o poder às custas da miséria e da ignorância de uma imensa maioria.


 Não se trata de pessimismo, mas de realismo! Temos diante de nós todos os elementos necessários para chegar a essa triste constatação. Infelizmente esse modelo político, dito representativo, não representa mais os anseios e necessidades de nosso povo, ao contrário, se apresenta como uma afronta moral aos valores republicanos que tanto defendemos.


Evidentemente, não podemos generalizar, mas não tenho percebido em muitos municípios avanços nesse sentido. Continuamos a mercê da força do capital que se sobrepõe aos projetos e metas partidárias, do clientelismo, dos acordos espúrios feitos em surdina, da promessa eleitoreira, do fanatismo ideológico, enfim, da deturpação da verdadeira política.


As consequências disso tudo são desastrosas e extremamente nocivas!


A população se torna moeda de troca, escambo, escrava da boa vontade de político A ou B, valorizada de acordo com suas opções políticas e não por suas qualificações ou aptidões. Até determinados serviços públicos se tornam “particularizados”, “privatizados”, disponíveis apenas para os que votaram no candidato da “situação”. É, na realidade, uma verdadeira ditadura camuflada, um engodo fruto da miséria de um sistema extremamente oligárquico e excludente, na qual participamos alegremente, com a ilusão de que estamos promovendo o desenvolvimento e o progresso de nossa gente. Aliás, diga-se de passagem, o que mais falta no Brasil é exatamente, ORDEM E PROGRESSO!!


Apesar do prognóstico nada animador, podemos elencar algumas pistas, caminhos para uma tão sonhada transformação sociopolítica:


- Reforma Política Já, para que tenhamos novas regras na disputa eleitoral;
- Organização e fortalecimento dos movimentos sociais e demais espaços de discussão política;
- Criação de ONG’s e outros organismos de fiscalização e acompanhamento da aplicação dos recursos públicos;


Que não nos falte jamais a esperança e a teimosia de lutar por aquilo que acreditamos e que a nossa voz consiga despertar a consciência adormecida de muitos.



Por César Augusto Rocha - articulador diocesano do CNLB