
“Preciso da ajuda dos amigos, estou desempregado a quase quatro meses, estou precisando urgente de emprego como maestro, trabalho com qualquer grupo musical (Banda Marcial, Orquestra, Coral, etc.) Contatos: (88) 88189881 – 92150725” , publicou o maestro em sua página de Facebook.
Ocorre que há quase quatro
meses o nosso querido Maestro está desempregado, engrossando o rol dos que
labutam em busca de um reconhecimento profissional. Lamentavelmente, vivemos em
um país que não valoriza a cultura e arte, e muito menos seus agentes. O
mercado musical é marcado pela indecência midiática que promove os ruins e
exclui os bons e as politicas governamentais são fracas, e em muitos casos se
caracterizam pela politicagem barata que exclui essencialmente os que mais
contribuem sadiamente com a população através da arte.
Camocim é um celeiro de artes
e o Maestro João Miguel Arcanjo é um dos que compõe este cenário de vasta
riqueza cultural. Um dos maiores profissionais da música que Camocim tem
atualmente. A frente da Banda Lira por vários anos, ele, por incontáveis vezes,
brindou a população camocinense em cada apresentação pública, da mais solene a
mais popular, além de bem representar Camocim em várias ocasiões em outras
cidades participando de festivais entre
outras apresentações. Sua competência e dedicação ao trabalho são
incomparáveis, no entanto, além de suas habilidades técnicas sua humildade é a marca
de seu profissionalismo. Impecável no trato com as pessoas e perfeccionista com
a música.
A meu ver, a mensagem de João
Miguel é muito mais do que um simples pedido de ajuda pessoal. È um grito de
denuncia contra o sistema, para que se respeite o artista e para que se valorize
a arte como ela deve ser. E vindo de uma profissional da qualidade do nosso
Maestro, este grito deveria murchar as orelhas dos políticos burros e demagogos
que mentem para a população prometendo mundos e fundos.
DIFICULDADES DE UM ARTISTA MÚSICO
Falta de investimentos na formação
dos profissionais, poucas universidades disponibilizam curso superior para músicos,
o salário é uma mesquinhez (gorjeta) poucos espaços para o artista e muita precariedade
nos poucos equipamentos culturais existentes.
