MP PEDE QUE MUNICÍPIOS COM SECA SUSPENDAM O CARNAVAL - Revista Camocim

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

MP PEDE QUE MUNICÍPIOS COM SECA SUSPENDAM O CARNAVAL


Situado no Sertão Central, o município de Choró teve estado de emergência
 decretado em decorrência da falta de chuvas na região Foto: Alex Pimentel
 
 Prefeituras que enfrentam o problema da estiagem e que estão financiando festas de Carnaval no Interior do Ceará estão na mira do Ministério Público (Mp-CE). Cascavel, Choró e Iracema receberam recomendação do órgão para não efetuarem gastos nos eventos. Em Crateús, o pedido foi no tocante à segurança da festa. As informações são do Diário do Nordeste Online.
Os casos destes municípios e de outros no Estado foram expostos em matéria do Diário do Nordeste, na última terça-feira (5). Cidades castigadas pela seca lançaram edital para o custeio do Carnaval com despesas que ultrapassam os R$ 100 mil.
Em Choró, no Sertão Central, a Justiça atendeu o pedido do MP-CE. A Prefeitura está proibida de executar qualquer pagamento para o custeio do Carnaval. A juíza Patrícia Fernandes Toledo Rodrigues determinou multa diária de R$ 3 mil, caso haja descumprimento por parte do município.
De acordo com a assessoria de imprensa da administração local, o município não irá recorrer da decisão, e a festa está oficialmente cancelada. A cidade de Choró havia orçado sua festa em R$ 104 mil. O município está entre os 174 que decretaram estado de emergência por 90 dias, desde novembro de 2012. Para o promotor de Justiça de Choró, Marcelo Gomes, é uma contradição o alto valor que seria gasto pela Prefeitura. "Tomei conhecimento do valor e nosso objetivo é impedir que o órgão faça um gasto dessa natureza. Fizemos um levantamento e todo o dinheiro que iria financiar a festa vem de recursos do próprio município", enfatiza.
Na ação civil pública, o promotor teve por base a informação de que o município teria contratado, com recurso próprio, a empresa J&C Rodrigues Martins Produções Ltda para execução de todos os serviços relativos ao Carnaval, tais como a contratação de bandas, montagem, desmontagem de palcos e camarotes, entre outros. Para o MP, é incompatível que os gastos dos recursos públicos sejam direcionados a eventos carnavalescos, quando existem dramas humanos e prejuízo à economia em curso. "A cidade não tem tradição alguma na realização do evento", destaca o promotor. Continue lendo AQUI

Matéria publicada no Diário do Nordeste

Carlos Jardel