INTERNAÇÕES NÃO-VOLUNTÁRIAS CRESCEM 132% EM FORTALEZA - Revista Camocim

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

INTERNAÇÕES NÃO-VOLUNTÁRIAS CRESCEM 132% EM FORTALEZA


Entre 2006 e 2012, o número de usuários de drogas internados à força no hospital da Saúde Mental de Messejana mais que dobrou

Na falta de orientação, tudo começa pelo álcool, evolui para a maconha, “só para experimentar”. Depois, na falta de campanhas de prevenção eficazes, vêm a cocaína, o crack, o LSD. Na falta de controle, o usuário salta da categoria de experimentador e vira dependente. Se comete delitos para sustentar o vício e é pego pela Polícia, antes de ser preso pode receber determinação da Justiça para internação hospitalar.
 Mas, na falta de opções de internação e, sobretudo, de leitos adequados em Fortaleza, o juiz é forçado a enviar o usuário apenas para o Hospital da Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSMM), em Messejana, o único da Cidade com leitos exclusivos (20) para dependentes químicos. Na falta de escolha, por sua vez, a diretoria obedece a determinação. E foi assim que, de tantos “na falta de” acumulados, foram registrados nos últimos seis anos um aumento de 132% no número de internações não-voluntárias no HSMM por uso de drogas - a maioria, crack.
A internação involuntária ocorre no caso de o usuário ser levado à força pela família, pela Polícia ou pelo Samu; a compulsória é por determinação da Justiça. No HSMM, os pacientes involuntários e compulsórios são encaminhados para leitos psiquiátricos comuns. Continue lendo AQUI

Matéria publicada no Jornal OPovo

Carlos Jardel