Na falta de orientação, tudo
começa pelo álcool, evolui para a maconha, “só para experimentar”. Depois, na
falta de campanhas de prevenção eficazes, vêm a cocaína, o crack, o LSD. Na
falta de controle, o usuário salta da categoria de experimentador e vira dependente.
Se comete delitos para sustentar o vício e é pego pela Polícia, antes de ser
preso pode receber determinação da Justiça para internação hospitalar.
Mas, na falta de opções de internação e,
sobretudo, de leitos adequados em Fortaleza, o juiz é forçado a enviar o
usuário apenas para o Hospital da Saúde Mental Professor Frota Pinto (HSMM), em
Messejana, o único da Cidade com leitos exclusivos (20) para dependentes
químicos. Na falta de escolha, por sua vez, a diretoria obedece a determinação.
E foi assim que, de tantos “na falta de” acumulados, foram registrados nos
últimos seis anos um aumento de 132% no número de internações não-voluntárias
no HSMM por uso de drogas - a maioria, crack.
A internação involuntária
ocorre no caso de o usuário ser levado à força pela família, pela Polícia ou
pelo Samu; a compulsória é por determinação da Justiça. No HSMM, os pacientes
involuntários e compulsórios são encaminhados para leitos psiquiátricos comuns.
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Matéria publicada no Jornal OPovo
Carlos Jardel

