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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

APÓS SESSÃO POLÊMICA, RÉGIS DA IPU É O NOVO PRESIDENTE DA CÂMARA


Ontem pela manhã (dia 01 de janeiro), com o Auditório do Legislativo Municipal lotado por partidários, amigos e familiares dos vereadores, foi realizada uma das mais polêmicas sessões das últimas décadas tratando-se da votação para a presidência da Câmara Municipal de Camocim.  O vereador Régis da Ipu (PR) encabeçava uma das chapas, com os vereadores da base do ex-prefeito Chico Vaulino e a outra, tinha como candidata a vereadora Iracilda (PMN) da base da prefeita Mônica.
Vamos aos fatos: o Regimento Interno da Câmara diz que no caso de eleição e posse de vereadores, quem deve presidir é o vereador com mais idade, no caso de Camocim, o vereador Antônio Carlos do Peixe, que solicitou para secretariar os trabalhos, o vereador César Veras. Eis a primeira questão: segundo os vereadores da oposição, o Antônio Carlos do Peixe teria combinado com eles que, iria chamar o vereador Ricardo Vasconcelos (PP) para secretariar os trabalhos. Porém, eis que, numa atitude, tipo aquelas “vou enganar eles”, ele faltou com a palavra. Mas, tudo bem, o pior ainda estava por vir, na realidade o presidente interino não serviu para praticamente nada, pois quem na realidade presidiu o momento de votação e posse foi o também secretário interino, César Veras (PSB).  Mas, foi pela ordem da palavra, facultada aos vereadores que o pontapé inicial da partida começou. “Batendo o centro”, a vereadora Iracilda  alegou que a chapa encabeçada  pelo vereador Régis era ilegal, pelo fato de não ter sido registrada em tempo hábil. Portanto, ela solicitou a anulação da chapa, depois pediu que o voto fosse fechado baseando-se no Regimento Interno da Câmara que trata do assunto no Art. 21 paragrafo 3º, e no Art.197, mas que segundo a bancada de oposição tais artigos  não tem força diante da Lei Orgânica do Município que também trata do assunto no  “Art. 52-A, que diz: “O voto será sempre aberto, com exceção da apreciação aos vetos do Poder Executivo e ao parecer do Tribunal de Contas dos Municípios.”
Começou então uma acirrada discussão. Os vereadores de oposição, Emanoel Vieira, Juliano Cruz, Ricardo Vasconcelos e o vereador Sidney Brito, o Bola, pediram respeito pela Lei “e que esta casa, não é a casa da mãe Joana, em que se faz uma Lei e depois passa por cima dela, desrespeitando o povo”. A vereadora também foi questionada pelo fato de que nas outras votações para presidente em que ela participou jamais ela teria questionado a Lei. Como resposta, Iracilda disse que, “das outras vezes ela não era candidata”.
 “Se você quer ganhar a eleição terá que ser no voto e não na marra” disse, o vereador Régis da Ipu, repudiando a atitude da vereadora após ter afirmado que sua chapa teria sido registrada em tempo hábil e divulgada amplamente para toda a população.
 O secretário e presidente da sessão, César Veras, ainda tentou acatar o pedido da vereadora em não aceitar o registro de chapa do grupo opositor. Mas, os vereadores do grupo do ex-prefeito Chico Vaulino não aceitaram em hipótese alguma. E eis que do meio do povo, em meio ao tumulto parlamentar, uma voz indignada se ergue e afirma “isso é um circo!”, De prontidão veio a concordância da vereadora, “mas isso é um circo mesmo! Disse”
Em nome do bom senso, a sessão teve um intervalo e os vereadores e seus assessores jurídicos se reuniram para discutirem nos bastidores o entrave. Após alguns minutos, de volta na plenária, eles fizeram duas votações que foram exitosas para o grupo de vereadores de oposição. A primeira foi sobre a modalidade da votação, na qual a maioria decidiu cumprir a Lei, votando abertamente. A segunda votação elegeu o vereador Régis da Ipu, com 08 votos, contra 07, obtidos pela chapa da vereadora.

 UM FATO CONSTRANGEDOR
Na hora de declarar o voto, adivinha qual vereador foi vaiado recebendo o nome de traidor? "Paican"!  Mas, em nome da ordem, o vereador Emanoel Vieira solicitou ao público que não se manifestasse com vaias e nem com gritos para não atrapalhar os trabalhos da sessão. Em seu pronunciamento, após a votação, Paican garantiu que iria honrar o povo que o tinha elegido e falou também que não foi apenas uma decisão sua, mas sim, uma decisão do partido em apoiar o grupo politico da prefeita.

DÚVIDAS
 • Será que todos os membros do PDT em Camocim, partido do qual o vereador Paican é filiado, foi a favor desta decisão conforme ele afirmou? Ou será que os membros do partido foram pelo menos comunicados?
 • Por que será que o vereador Antônio Carlos faltou com a palavra e não chamou o vereador Ricardo Vasconcelos para secretariar, mas, sim, o vereador César Veras?
 • E por que será que a vereadora Iracilda, junto com a bancada de vereadores do grupo da prefeita queria tanto que o voto fosse fechado contrariando a Lei Orgânica do Município?
 • Vereador afirmar que uma sessão da Câmara de Vereadores é uma palhaçada, não seria um crime contra o decoro parlamentar, já que atenta contra a honra da instituição representativa do Povo?

Carlos Jardel