Ao custo de 30 milhões de euros, Juan Antonio Bayona
recria o tsunami que devastou 14 países da Ásia em 2004
Após a auspiciosa estreia em "O Orfanato"
(2007, ganhador de 33 prêmios), um vigoroso thriller que conciliou o drama e o
horror, o espanhol Juan Antonio Bayona confirma o seu talento em outro filme
com as mesmas conotações. Em "O Impossível" ele substitui um casarão
transformado em orfanato e ocupado por espíritos de crianças por um paraíso
invadido por um tsunami com ondas de 10 metros de altura que tirou a vida de
milhares mil pessoas.
O filme foca nos enormes esforços do personagem de Ewan
McGregor em salvar a família do tsunami
No entanto, seria injustiça creditar exclusivamente ao
diretor a qualidade dos dois filmes, quando em ambos ressalta-se o trabalho de
Sergio G. Sanchez na elaboração dos respectivos roteiros. Ambos minuciosos,
detalhistas e insinuantes.
Desde que Tucidides (460-400 a.C), o historiador grego,
observou um tsunami e concluiu que são crias de explosões submarinas, essas
ondas gigantescas vêm chamando a atenção do homem por seu poder devastador - e
países como Portugal (Sismo de Lisboa, 1755), Java e Sumatra (1883, cuja origem
se deu com a explosão da Ilha Krakatoa, na Indonésia), Indonésia (Ilha das
Flores, 1992), Japão (Ilha de Okushiri, 1993), Nova Guiné (1998), Peru (2001) e
novamente no Japão, em 2011.
No entanto, nenhuma delas foi tão letal quanto o tsunami
que se abateu em 26 de dezembro de 2004 sobre 14 cidades banhadas pelo oceano
Índico tirando a vida de 240 mil pessoas. Diversas ondas de 10 metros aos
intervalos de dez minutos mataram quase seis mil pessoas, deixaram 2.800
desaparecidos e 1.480 crianças órfãs, apenas na Tailândia...Continue lendo a matéria
no Diário do Nordeste
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Carlos Jardel