Morte de Jovem gravida no Hospital Murio Aguiar é destaque no Jornal O Povo - Revista Camocim

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terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Morte de Jovem gravida no Hospital Murio Aguiar é destaque no Jornal O Povo


Maria da Assunção Teles Teixeira, jovem de 25 anos, morreu dentro de um transporte médico a caminho do Hospital Regional de Sobral, depois de passar por complicações pós-parto realizado no Hospital Murilo Aguiar, no município de Camocim. Ela deu à luz a um menino na manhã do sábado, 12, e faleceu cerca de 24 horas depois, no domingo, 13. Família da cearense denuncia negligência da unidade de saúde durante o procedimento e também nos cuidados após o parto.

De acordo com a Maria da Saúde Teles, prima e advogada da família no caso, a jovem, a mãe e a sogra foram destratadas pela equipe do Hospital Murilo Aguiar, que inicialmente não queria receber Maria da Assunção, apesar do quadro grave de dores. "Ela ficou na recepção do hospital, que é minúscula, chegando até a ficar do lado de fora esperando, porque não queria deixar ela entrar por não estar no sistema. Ela chegou lá transferida de Granja com emergência, por isso não feita nenhuma documentação", conta.

Desde que foi transferida de Granja, município vizinho onde mora, Maria da Assunção já apresentava um quadro complicado, que, segundo a advogada, não foi devidamente observado pela equipe de Camocim. Após o parto normal no sábado, o hospital não deixou mais os familiares a visitarem alegando medidas de segurança contra a Covid-19. A família acabou sendo enviada para casa, onde ficou aguardando mais notícias.

Um parente, que estava com Maria da Assunção, relata o descaso e diz que se sentiu "enganada". "Não deixaram a gente olhar ela para ver se estava bem mesmo. Ficam direto dizendo que ela tava boa", comenta. A advogada e prima Maria da Saúde conta que na manhã desse domingo, 13, o quadro piorou e os familiares retornaram ao hospital. Foi quando decidiram transferir ela para Sobral, onde teria um tratamento para casos mais complexos.

"A sogra dela foi com ela na ambulância de transporte e relatou que a enfermeira passou a viagem inteira sendo grossa com elas. A mãe dela disse que quando a filha foi ser levada já estava com a respiração muito fraca e achava que ela já estava morrendo". Cerca de 30 minutos na estrada, na cidade de Martinópole, Maria da Assunção veio a óbito e foi levada para um hospital do município.

A família afirma que buscará justiça para a jovem agricultora. A criança se encontra bem e está na casa da avó materna. A mãe de primeira viagem foi enterrada na manhã desta segunda-feira, em Granja, ainda com seus entes queridos sem saber o que causou sua morte. "Vou primeiro tentar pegar os documentos e prontuários e amanhã vou conversar com um promotor. Pretendo fazer uma denúncia para os direitos humanos e comissão de mulheres para ficar o alerta, para que mais mães não morram dessa maneira", diz.

O POVO ligou para o Hospital Deputado Murilo Aguiar na noite desta segunda-feira, mas um enfermeiro de plantão in9formou que não havia nenhum responsável pela unidade no momento. O funcionário pediu que a ligação fosse retornada nesta terça-feira, 15. A reportagem também tentou entrar em contato com a Secretaria da Saúde de Camocim, mas o número disponível não completou chamada.

O POVO