13 policiais civis do Ceará são condenados pela Justiça Federal - Revista Camocim

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sábado, 12 de dezembro de 2020

13 policiais civis do Ceará são condenados pela Justiça Federal

Um grupo formado por 13 policiais civis que atuavam no Estado do Ceará, entre eles uma delegada, foi condenado. A sentença de 836 páginas foi proferida pelo Juízo da 32ª Vara da Justiça Federal no Ceará no último dia 10. A decisão vem após quase três anos desde a primeira fase da Operação Vereda Sombria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) para apurar supostos crimes praticados pelos agentes da Segurança Pública, como extorsão, corrupção e envolvimento com o tráfico de drogas.

Foram condenados os policiais Antônio Chaves Pinto Júnior, José Audísio Soares Júnior, Thales Cardoso Pinheiro, Victor Rebouças Holanda, Fábio Oliveira Benevides, Raimundo Nonato Nogueira Júnior, Antônio Henrique Gomes, Francisco Alex de Souza, Rafael de Oliveira Domingues, João Filipe Araújo Sampaio Leite, Allan Wagner de Oliveira, Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco e Petrônio Jerônimo dos Santos.

Dentre os crimes apontados pelo Judiciário estão apropriação de dinheiro público, tortura, abuso de autoridade e organização criminosa. A investigação teve início a partir da delação premiada de um traficante português preso em duas ocasiões pelos policiais civis da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), por vender anabolizantes.

A sentença varia conforme o grau de participação de cada um dos réus nas ações. Para 11 deles ainda ficou decidida a perda do cargo público, com exceção de Thales Cardoso e Victor Rebouças.

Patrícia Bezerra era delegada titular da DCTD quando foi alvo da primeira fase da operação. Em dezembro de 2017 a investigação foi a conhecimento público e a policial foi afastada da Especializada. Patrícia foi condenada pelo crime de organização criminosa.

A pena contra a delegada é de sete anos de reclusão, perda do cargo e interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de oito anos subsequentes ao cumprimento da pena. O regime inicial designado na sentença foi o semiaberto.

A defesa de Patrícia Bezerra, representada pelo advogado Leandro Vasques, se diz surpresa com a condenação e afirma confiar que o TRF reformará a sentença e absolverá a ré. "A defesa técnica da delegada Patrícia Bezerra comprovou fartamente, durante a instrução processual, através de fortes provas documentais e testemunhais, a completa improcedência da acusação. De maneira absolutamente surpreendente, o magistrado federal simplesmente houve por concluir que todas as testemunhas que corroboraram a tese defensiva estavam deliberadamente mentindo, em uma análise eivada de subjetivismos e processualmente atécnica", afirmou. O advogado disse ainda que não descarta a possibilidade de o processo ser todo nulo, "uma vez que entendemos que a Justiça Federal não é a competente para apurar o presente caso.

Outros dois delegados lotados na DCTD foram alvos da operação. No entanto, a Justiça decidiu pela inocência de Lucas Saldanha Aragão (à época diretor adjunto da Especializada) e Anna Cláudia Nery.

Informações do Diário do Nordeste.