"Eu me pergunto..
.... Como as pessoas se deixam calar por conveniência? Como conseguem viver de forma tão insensível e tão egoísta aos anseios de uma classe desvalorizada? Como aplaudir um governo que ousa desprestigiar o poderio de um professor frente a sociedade? Como acreditar e creditar confiança numa candidatura ao executivo de uma professora que desvaloriza a classe docente e que em seu plano de trabalho não se vislumbra demandas da categoria?
Bom, no auge do meu bom senso, destaco algumas respostas!
Sabe algo que me deixa triste, brava e indignada, tudo ao mesmo tempo? São os meus pares, colegas de profissão, levantarem a bandeira de quem sucumbe seus direitos. Uma coisa é ter uma ideologia política, outra coisa é confundir com fanatismo, idolatria, blasfêmia ao ponto de dizer sim a toda ordem estabelecida inversamente e ficar cego diante de fatos!
Corrói o senso de dignidade, quando colegas de profissão são demagogos e hipócritas, atirando para todos os lados no intuito de manter-se deitado em berço esplêndido, querendo ecoar aos cantos que está tudo bem, obrigada! Qualquer verossimilhança com Camocim, é mera coincidência!
Aniquila o senso de moral, quando pessoas, de bom nível intelectual projetam termos pejorativos, caluniadores, difamadores, chulos, rasteiros aos seus opositores. A bem da verdade, nenhum diploma garante estabilidade emocional quando se trata de fanatismo político.
Arranha-se a conduta ilibada, quando sua teoria de moral e bons costumes se contrapõe a prática cotidiana de seus atos.
Sua decência se destrói à medida que você compactua com os dissabores de uma gestão que legisla em favor de poucos. Que deixa a margem do caminho, milhares de famílias órfãs. Que não contribui para a geração de emprego e renda. Que não investe na força jovem- força motriz do desenvolvimento econômico. Que não valoriza a classe docente na mesma medida em que esta retribui e melhora os indicadores de aprendizagem. Que não dialoga por vontade própria com a instituição que representa a classe. Que vai até a última instância da justiça para te negar direitos, muitos deles, líquido e certo. Que deixa faltar o básico na saúde. Que persegue publicamente e notoriamente quem se levanta contra o governo... A ousadia, o desmantelo, as estratégias de perpetuação no poder, principalmente o fermento da mentira e as falsas promessas, estão a todo vapor. Enquanto isso, assistimos pasmos a fragilidade da justiça que nem sempre se faz a contento.
E por fim, apresento as razões para não corroborar com a candidatura da Professora Betinha, pois ela, enquanto secretária de Educação me fez poucas e boas.
• Fui transferida 05 vezes. Ingressei na Justiça em 02 delas. Até hoje aguardo o final da novela.
• Tive que entrar com um mandado de segurança contra uma decisão da ex secretaria em relação a minha estadia na sala de aula por conta de um problema de saúde. Esse foi hábil!
• Além do desgaste emocional do mandado de segurança, tive desgaste financeiro.
• Estou esperando via justiça 03 licenças prêmios.
• Fui constrangida em ambientes escolares, chegando a fazer BO.
• Estou com um processo tramitando em relação a anuênio.
• Fui transferida da Escola Alba Maria para a escola Eduardo Normandia.
• Da Escola Eduardo Normandia fui para a Escola Ottoni.
• Da escola Ottoni fui para o Ceas como agente administrativa.
• Do Ceas fui para a Escola Alba Maria.
• Anoiteci no Alba Maria e acordei na Escola Idelzuíte- lembrando que moro no Bairro São Pedro nas proximidades da igreja de São Pedro.
• Não recebi meu precatório, nem o notebook.
• Não recebo mais abonos.
• As poucas vezes que recebeu o sindicato foi via Promotoria Pública.
• Não autorizou minha saída para o sindicato APEOC. Estou exercendo a tarefa sindical concomitante com a sala de aula.
Por fim, viva a democracia, que é o que permite a mim e a você deliberar sobre nossas escolhas. Todavia de forma concomitante com o que preconiza a Lei da liberdade de expressão. Não seja refém das suas escolhas, liberte-se!"